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Vídeo: Indígenas e comunidades tradicionais lutam contra o avanço das plantações de óleo de palma na Amazônia

Líderes indígenas Uhu Tembé e Lúcio Tembé apontam para tratores apreendidos da empresa de óleo de palma Biopalma. O maquinário foi usado para derrubar dendezeiros a poucos metros da Aldeia Indígena Yriwar, na Reserva Indígena Tembé, no Pará, em 11 de novembro de 2019. Foto de Thaís Borges para a Mongabay.

  • O óleo de palma, monocultura sinônimo de desmatamento e conflitos no Sudeste Asiático, está se expandindo na Amazônia, onde os mesmos problemas estão ocorrendo. Povos indígenas e comunidades tradicionais afirmam que plantações próximas a seus territórios estão poluindo a água, contaminando o solo e provocando a escassez de peixes e animais de caça.

  • O Ministério Público Federal (MPF) trava uma batalha judicial contra os principais exportadores de óleo de palma do país há sete anos, acusando-as de contaminar os rios, envenenar o solo e prejudicar a subsistência e a saúde de povos indígenas e comunidades tradicionais, acusações que as empresas negam.

  • Esse vídeo foi produzido como parte de uma investigação de 18 meses sobre os impactos ambientais da indústria do óleo de palma no Pará.

Durante os últimos 18 meses, a Mongabay investigou as denúncias feitas por comunidades locais de abusos generalizados por empresas de óleo de palma no país, o que aparenta ser um padrão em toda a indústria quanto ao desrespeito pela preservação da Amazônia e pelos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais.

A frustração com as empresas de óleo de palma aumentou nos últimos anos em toda a região. Quando as plantações proliferaram a apenas alguns metros de uma aldeia, os indígenas fizeram uma ação direta contra a empresa. Cansados de quase uma década de campanhas infrutíferas buscando reparação pelos meios oficiais, os Tembé apreenderam veículos da empresa, na esperança de obrigar a Biopalma a ouvir seus pleitos.

A líder indígena Uhu Tembé contou à Mongabay como ela e seu marido apreenderam um trator da Biopalma durante a ação e o usaram para derrubar dendezeiros perto da aldeia Yriwar, na Turé-Mariquita.

Leia a matéria investigativa completa: Desmatamento e água contaminada: o lado obscuro do óleo de palma ‘sustentável’ da Amazônia

Imagem do banner: Líderes indígenas Uhu Tembé e Lúcio Tembé apontam para tratores apreendidos da empresa de óleo de palma Biopalma. O maquinário foi usado para derrubar dendezeiros a poucos metros da Aldeia Indígena Yriwar, na Reserva Indígena Tembé, no Pará, em 11 de novembro de 2019. Foto de Thaís Borges para a Mongabay.

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