Um incêndio de grandes proporções que pode ter começado com uma pequena chama no telhado destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro na noite de 2 de setembro.
Ainda não se sabe ao certo o estado de mais de 20 milhões de itens históricos e científicos, mas o fogo destruiu o telhado e todas as janelas do prédio de 200 anos.
Entre os artefatos de valor inestimável que foram perdidos está Luzia, supostamente o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas.
Devido a deficit orçamentário, o museu lutava para suprir suas necessidades de manutenção e especialistas já haviam alertado sobre os riscos.
Um incêndio de grandes proporções destruiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro na noite de 2 de setembro. Acredita-se que as perdas sofridas pela instituição científica mais antiga do país, que contava com cerca de 20 milhões de itens históricos e científicos, sejam significativas. O prédio histórico de 200 anos também abrigava uma das maiores coleções de história natural e antropologia das Américas.
Marina Silva, candidata de esquerda à Presidência da República, tuitou em 3 de setembro que “a catástrofe” do incêndio no museu “equivale a uma lobotomia na memória brasileira”.
O museu e suas coleções abrangem as áreas de zoologia, arqueologia, etnologia, geologia, paleontologia e bioantropologia. Ele também funciona como centro de pesquisa desde sua fundação por Dom João VI em 1818. Em 1946 foi incorporado à Universidade do Brasil, conhecida hoje como UFRJ. Uma seção destacava a arqueologia e a etnologia indígena brasileiras.
Entre os artefatos perdidos está Luzia, supostamente o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, com cerca de 11.500 anos de idade. Acredita-se que o esqueleto reconstituído de um dinossauro batizado de Maxakalisaurus topai, cujos fósseis foram descobertos em Minas Gerais em 1998, também tenha sido destruído.
Antiga residência da família real portuguesa na segunda metade do século 19, a construção era patrimônio nacional e funcionava como museu desde 1892.
Cientistas e pesquisadores do mundo inteiro lamentam a destruição de, em alguns casos, trabalhos científicos e de pesquisa de uma vida inteira. O presidente Michel Temer descreveu a situação como uma “perda incalculável”. Segundo a CNN, multidões enfurecidas se reuniram em torno das ruínas na segunda e na terça-feira, exigindo respostas.
O canal de televisão GloboNews mostrou o museu em chamas enquanto o telhado desmoronava.
O diretor-adjunto do museu, Luiz Fernando Dias Duarte, disse em entrevista à GloboNews que houve “descaso” do governo com os graves problemas de financiamento enfrentados pelo museu nos últimos anos.
“Passamos por uma dificuldade imensa para a obtenção desses recursos… Nunca tivemos um apoio eficiente e urgente para esse projeto de adequação do palácio”, disse Luiz Fernando.
Segundo ele, a magnitude da destruição foi significativa.
“O arquivo histórico do museu, 200 anos de história do país, foi totalmente destruído.”
O estado geral de degradação do museu já havia sido discutido. O museu lutava para suprir suas necessidades de manutenção devido a deficit orçamentário e há tempos os especialistas alertavam sobre os riscos de incêndio.
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