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Concurso oferece prêmios em dinheiro por soluções para a crise da caça ilegal de animais selvagens

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Este artigo é parte de uma série contínua sobre o desenvolvimento da vida selvagem e as tecnologias de conservação florestal. Em julho, a série fará parte de uma nova seção no Mongabay que destacará a utilização atual e emergente da tecnologia para um amplo conjunto de objetivos de conservação.




Endangered tiger
Os tigres estão ameaçados pela demanda por seus ossos e pele. Fotos por Rhett A. Butler.



Em uma recente proposta para ajudar a reduzir a caça de animais selvagens ameaçados, a South African Airlines seguida da Emirates proibiram o transporte de todos os troféus de caça em seus voos.



Para colocar um fim na caça ilegal e no tráfico de animais selvagens ameaçados serão necessárias estratégias mais inovadoras e a participação de um grupo significativo da sociedade, não só para evitar a compra e a venda dos produtos desses animais, mas também para colocar seus talentos e a imaginação em prática para salvar elefantes, rinocerontes, tigres, papagaios, tubarões e outras espécies icônicas.



À frente desse movimento, uma aliança entre vários parceiros lançou o Wildlife Crime Tech Challenge (Desafio Tecnológico contra o crime à vida selvagem, em tradução livre). Trata-se de uma iniciativa para despertar e conduzir investimentos em soluções tecnológicas e científicas inovadoras com o objetivo de ajudar a reduzir o dano causado pelo comércio ilegal de animais selvagens. A iniciativa tem o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), da National Geographic Society (Sociedade Geográfica Nacional), do Instituto Smithsonian e da rede de monitoração do comércio de animais selvagens TRAFFIC.



O Desafio é um componente-chave da Estratégia Nacional dos EUA para Combater o Tráfico de Animais Selvagens. Ela originou-se de uma Ordem Executiva do Presidente Obama direcionada a lutar contra o tráfico dessas espécies e o crime organizado associado. O esforço também tem apoio bilateral no governo dos EUA.




Guarda-florestal registra sinais do rinoceronte-de-java no Parque Nacional Ujung Kulon, na Indonésia.




Os caçadores ilegais de animais selvagens geralmente são associados às redes criminosas internacionais que se aproveitam da fiscalização e legislação deficientes, fronteiras porosas e autoridades corruptas. A violência e a matança de animais selvagens icônicos têm efeitos devastadores nas espécies e nas comunidades humanas locais, tanto diretamente como na ameaça ao turismo voltado à natureza nativa, uma fonte importante de renda regional em muitos países em desenvolvimento. A matança ilegal ocorre para satisfazer a grande demanda por partes de animais, muitas vezes em lugares distantes do país nativo do animal.



Por esse motivo, o Wildlife Crime Tech Challenge concentra-se em quatro questões do tráfico de animais selvagens: 1) reconhecer e interromper as rotas de tráfico; 2) fortalecer as ferramentas e evidências para a pesquisa forense a fim de produzir processos criminais sólidos; 3) reduzir a demanda do consumo dos produtos de animais selvagens ilegais, e; 4) combater a corrupção ao longo da cadeia de fornecimento ilegal de espécies selvagens.







O Wildlife Crime Tech Challenge, ou WCTC, foi anunciado no Dia da Terra, em 22 de abril, e aceitará inscrições até 30 de junho. Os candidatos devem preparar uma breve descrição do conceito esboçando um projeto ou uma ideia tecnológica e científica criativa e promissora que ajudará a reduzir um ou vários destes problemas sobre o tráfico de espécies selvagens. A equipe do WCTC espera receber inscrições de indivíduos e instituições não governamentais (inclusive universidades financiadas pelo governo) de todo o mundo. Scott Hajost, Chefe do grupo do WCTC, disse ao Mongabay.com que o Desafio espera mais inscrições de pessoas e instituições latino-americanas.



No início do segundo semestre, os juízes selecionarão os finalistas para enviarem a proposta completa qualificada para um prêmio. A partir destes, o WCTC concederá prêmios de US$ 10.000 aos conceitos de ciência e tecnologia mais inovadores e promissores para cada uma das quatro questões. Em 2016, o Desafio convidará os vencedores a se inscreverem para os Grandes Prêmios de até US$ 500.000 e proporcionará aos participantes oportunidades para estabelecerem uma rede de contatos, recursos financeiros e assistência técnica para ajudar a aumentar a proporção de suas soluções vencedoras.



Se você ou seus colegas têm um projeto tecnológico que possa englobar uma das quatro questões do comércio ilegal de animais selvagens, envie suas ideias para ajudar a solucionar um dos problemas mais urgentes do mundo. Visite o site www.wildlifecrimetech.org e inscreva-se até 30 de junho.


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