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Novo método forense aponta diferença entre marfim legal e ilegal

A datação forense pode acabar com uma grande lacuna na atual proibição global de marfim, de acordo com um novo trabalho publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Cientistas desenvolveram um método para determinar a idade do marfim, permitindo que os comerciantes digam a diferença entre o marfim obtido antes da proibição em 1989, que ainda é legal, e o marfim recentemente obtido. Elefantes por toda a África estão sendo abatidos em números recordes por suas presas – a estimativa mais recente coloca o número em três mil anuais – devido à crescente demanda por marfim no leste da Ásia. Várias lacunas agravaram a crise.



“Nosso método de datação é acessível para autoridades do governo e da lei e pode ajudar a combater as crises da caça e comércio ilegais”, diz o principal autor, Kevin Uno, do Observatório da Terra Lamont-Doherty, da Universidade de Colúmbia.



Uno e sua equipe mediram os níveis de radiocarbono em duas presas de elefantes diferentes usando um acelerador de espectrometria de massa. Eles então combinaram suas descobertas com as taxas de crescimento para dentes de elefantes para chegar à idade do marfim. O mais importante é que o método pode também ser usados para datar chifres de rinocerontes. Rinocerontes também estão sendo dizimados na África e na Ásia pelo mercado asiático de medicina tradicional, apesar do fato de que pesquisas mostram que o chifre de rinoceronte não tem valor medicinal.



O novo método pode ser combinado com outro teste forense, que permite que oficiais rastreiem o marfim e sua região de origem. Foi desenvolvido por Sam Wasser, do Centro para Biologia da Conservação da Universidade de Washington, em 2004.



“[Elefantes] são arquitetos ambientais”, explica Wasser. “Eles derrubam árvores na savana e são os mais importantes dispersores de sementes das árvores da floresta tropical. A floresta tropical centro-africana é a segunda área mais importante da terra para capturar dióxido de carbono e armazená-lo.”








Graph courtesy of US State Department. Click to enlarge.






CITAÇÃO: Kevin Uno, Jay Quade, Daniel Fisher, George Wittemyer, Iain Douglas-Hamilton, Samuel Andanje, Patrick Omondi and Moses Litoroh. Bomb-curve radiocarbon measurement of recent biologic tissues and applications to wildlife forensics and stable isotope (paleo)ecology. PNAS. 2013.





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