Dois grandes atores mundiais da produção de frutos do mar anunciaram que estão mudando o jeito que os peixes são pescados.
Mitsubishi, proprietária da marca britânica de atum enlatado mais popular da Inglaterra (Princes), e Walmart, proprietário da Asda, concordaram em parar de comprar de pescadores que utilizam rede de arrasto com dispositivos de aglomeração de peixes (FADs, em Inglês) até 2014. Estes métodos são grandes responsáveis por parte da pesca abusiva do atum e por dizimar outras espécies como tubarões e arraias.
“Os anúncios feitos hoje [em 09 de Março de 2011] pela Prince e pela Asda são grandes notícias aos tubarões, atuns e nossos oceanos”, diz David Ritter, coordenador do Greenpeace para a campanha britânica de oceanos, que tem pressionado a Princes por vários meses para mudar a sua política.
Dispositivos de aglomeração de peixes flutuam na água e atraem grandes cardumes de atum e outras espécies. Então grossas redes de arrasto puxam tudo indiscriminadamente. As empresas ainda utilizarão redes de arrasto, mas sem os FADs.
Dado a atividade de pesca global excessiva, conservacionistas concordam que o modo mais sustentável é do modo antigo da vara e linha.
A Princes também acordou não comercializar atuns pescados em determinadas áreas do Pacífico – áreas estas que o Greenpeace considera como áreas de proteção marina (MPAs, em Inglês).
“Isto liderado pela Princes e pela Asda causará enorme pressão na indústria global de atum para seguir tais práticas sustentáveis. Consumidores não estão interessados em serem cúmplices da destruição dos oceanos por suas respectivas decisões em comprar atum”, diz Sari Tolvanen, militante da Greenpeace International.
Greenpeace disse que tem como próximo alvo a John West da Inglaterra, que é dirigida pela Thai Union – a maior empresa de frutos do mar do mundo, e que ainda utiliza FADs.
Tradução feita por Victor Salviati (analista de projetos da Fundação Amazonas Sustentável, FAS)
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