Notícias ambientais

Oficial sobre a situação climática da Indonésia: lobista do óleo de palma está enganando o público

Oficial sobre a situação climática da Indonésia: lobista do óleo de palma está enganando o público

Rhett A. Butler, mongabay.com

29 de Dezembro de 2010



GA_googleFillSlot(“news_300x250_atf_premium”);

Alan Oxley, um lobista para empresas da indústria florestal de óleo de palma do setor de polpa e papel, está deliberadamente enganando o publico sobre o desmatamento e as emissões de gases de efeito estufa associados, disse um oficial superior das relações climáticas da Indonésia.



Escrevendo em um editorial publicado no Jakarta Post, Agus Purnomo, Assistente especial do Presidente da Indonésia sobre relações climáticas, Susilo Bambang Yudhoyono, diz que Oxley está agindo em nome de interesses de atores ruins ao impulsionar uma agenda pró-desmatamento e se opor a uma moratória sobre a conversão das florestas primárias e turfeiras para plantações industriais.



“A campanha de Oxley para continuar a prática insustentável de corte e desmate de nossas florestas primárias remanescentes e para se opor à moratória de dois anos é sem dúvida bem vinda pelas entidades empresariais inescrupulosas,” ele escreve. “Oxley alega que a moratória de dois anos sobre o desmatamento das terras de floresta primária é um movimento contra o desenvolvimento. Em nossas consultas com o setor privado, grupos comunitários, Ongs e governos locais, nenhuma empresa levantou objeções à idéia de uma moratória.”



O editorial de Purnomo é uma resposta a um comentário de Oxley publicado no mesmo jornal em 15 de Dezembro. Oxley citou um estudo não publicado da Winrock International dizendo que o desmatamento não é um grande gerador de emissões de gases de efeito estufa.” Oxley ignorou um esclarecimento emitido pelos autores do estudo, que enfatizaram a importância de reduzir o desmatamento ao ajudar no abrandamento da mudança climática.




Desmatamento para cultivo da palmeira de óleo no Norte da Sumatra.

Em seu editorial, Purnomo observa que não está claro se o estudo citado por Oxley “considera as emissões nacionais da Indonésia, ou de fato quaisquer emissões de solos úmidos tropicais, uma das fontes de emissões mais importantes da mudança do uso da terra na Indonésia.”



Esta não é a primeira repreensão pública de Purnomo para Oxley, que tem um escritório na Austrália e outro nos Estados Unidos. Em Novembro Wangari Maathai, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2004 pela sua campanha de plantação de árvores na África, criticou Oxley por usar seu nome para dizer que ela apóia a conversão em larga escala de florestas tropicais em plantações industriais. Em Outubro um grupo proeminente de cientistas castigou o lobista e duas organizações que ele dirige: World Growth International e ITS Global. Em uma carta aberta os cientistas identificaram a World Growth (WGI) e a ITS Global como grupos de frente para a indústria de óleo de palma, madeira e polpa de madeira.



“WGI e ITS — que são freqüentemente envolvidos na promoção da indústria madeireira e de plantações de óleo de palma e polpa de madeira internacionalmente — tem às vezes pisado na sutil linha entre a realidade e uma significante distorção dos fatos,” os cientistas, liderados por William F. Laurance, um pesquisador da Universidade de James Cook, escreveu. “ITS está intimamente associada com, e freqüentemente financiada por empresas madeireiras multinacionais e corporações de polpa de madeiras e óleo de palma. Dentre os apoiadores financeiros da ITS estão empresas que produzem produtos de madeira e papel sob a égide da ‘Asia Pulp & Paper’, entre outros.”



“A WGI freqüentemente enganam a opinião pública em nome das explorações de Sinar Mas, um conglomerado de exploração madeireira em sua maior parte indonésia, empresas de polpa de madeira, óleo de palma que incluem a Golden Agri Resources, uma empresa sediada em Singapura. Uma dessas empresas, conhecida como ‘SMART’, poderia enfrentar a expulsão pela Mesa Redonda da Palmeira de óleo Sustentável, um grupo de comércio industrial, para ‘grave não cumprimento do RSPO Código de Conduta’ com respeito às diretrizes ambientais e sociais de sustentabilidade.”







Exit mobile version