Notícias ambientais

Santuário para tubarões é criado no Triângulo de Corais

Um santuário para tubarões foi declarado ao redor das ilhas Raja Ampat na Indonésia. Maior que a Dinamarca, o novo santuário cobre 46 mil Km2 de uma das regiões mais ricas em biodiversidade marinha do mundo, o Triângulo de Corais.



A proteção incide não apenas sobre os tubarões, porém também sobre tartarugas, dugongos (ordem de mamíferos que inclui o peixe-boi) e arraias. Além disso, o bombeamento dos recifes e o comércio de peixes para aquário estão proibidos.



“Os tubarões estão sendo mortos pelas barbatanas, as arrais jamantas pelas brânquias e peixes raros dos recifes estão sendo capturados para aquários”, comentou Peter Knights, diretor executivo da WildAid, uma organização conservacionista que trabalha na região.



“É trágico que uma parte tão grande dos tesouros biológicos de Raja Ampat é destinada para consumidores que não têm consciência do impacto”.



Os tubarões têm sido devastados ao redor do mundo, principalmente devido ao comércio para sopa de barbatana. Os animais são capturados, suas barbatanas são retiradas e eles são jogados de volta para a morte no oceano. Estima-se que 73 milhões de tubarões são mortos a cada ano apenas pelas barbatanas.



Setenta e cinco por cento das espécies de tubarão encontradas em Raja Ampat estão ameaçadas de extinção.



Ativistas do novo santuário esperam que a criação trará mais mergulhadores e turistas para a região, compensando a eventual perda de renda das comunidades locais devido às novas regras.



“Este novo santuário de tubarões deve a sua criação à milhares de ativistas dos oceanos que expressaram a necessidade urgente de proteger os tubarões, as jamantas e outros animais marinhos”, declarou Michael Skoletsky, diretor executivo da Shark Savers, um grupo conservacionista que lutou pelo santuário.



“Os mergulhadores experimentam os oceanos de dentro e estão cada vez mais assumindo a responsabilidade da sua conservação e dos tubarões. O ecoturismo subaquático é uma ferramenta vital para contrabalancear a crescente exploração dos últimos tubarões e ecossistemas marinhos do mundo”.










Exit mobile version