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O Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil foi culpado por conduzir o desmatamento na Amazônia



O BNDES, O Banco Nacional do Desenvolvimento do Brasil, contribuiu para o desmatamento da Amazônia emprestando milhões de dólares para os frigoríficos, conduzindo assim a expansão de criação de gado pela maior floresta tropical do mundo, disse a auditoria na Corte Federal de Auditoria



A decisão, relatada pelo O Estado de São Paulo, concluiu que alguns dos frigoríficos que se beneficiaram de cerca de quase $10 bilhões em empréstimos entre 2008 e 2010 foram supridos por fazendas envolvidas em trabalho escravo e desmatamento ilegal. O BNDES, que emprestou 137 bilhões de reais ($69 bilhões de dólares) em 2009 sozinho—mais do que o Banco Mundial, aparentemente desconsiderou as salvaguardas internas na pressa de colocar o Brasil na posição do maior exportador carne do mundo.



As conclusões do Tribunal Federal são consistentes com as apresentadas nos relatórios publicados em 2009 pelos Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e pelo Greenpeace.



Mato Grosso. Foto de Rhett A. Butler

“Os estados de auditoria que [o Presidente Lula] falhou na responsabilidade de coordenação e orientação a esse respeito e que como conseqüência disso, os financiamentos públicos foram investidos no desmatamento ilegal e trabalho escravo,” Roberto Smeraldi da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira disse a mongabay.com. “A auditoria expressamente destaca como mero cumprimento da legislação por parte do banco a não ajuda em evitar o desmatamento, a menos que padrões sejam implementados no sentido de modificar os padrões de produção.”



Smeraldi diz que a auditoria mostra a necessidade do BNDES de se concentrar no financiamento de uma transição em direção a um tipo de criação mais produtivo e sustentável ao invés da expansão sem regulamentações da indústria. A Embrapa, agência de pesquisa agrícola do Brasil, tem mostrado que a produção de carne no Brasil pode ser expandida substancialmente sem desmatamento através do manejo de pasto, do melhoramento genético do gado, e outras técnicas de intensificação.



A pressão para a reforma no setor está começando a ser conduzida pelos maiores compradores de carne — incluindo a Walmart Brasil e o Pão de Açúcar — e os promotores públicos, incluindo Daniel Avelino, o promotor do estado do Pará.


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