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Alegações Enganosas de um Lobista dos Negócios de Óleo de Palma

Alegações Enganosas de um Lobista dos Negócios de Óleo de Palma
Comentários de Rhett A. Butler, mongabay.com
23 de Outubro de 2010



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Esta carta foi submetida ao The New Straits Times uma semana atrás em resposta a um editorial escrita por Alan Oxley. O The New Straits Times não publicou a carta a partir daquela data pois ela está sendo publicada em mongabay.com.


Em um editorial publicado em 09 de Outubro no New Straits Times (“Por que o Banco Mundial odeia o Óleo de Palma?“), Alan Oxley, um ex- diplomata Australiano que agora serve como lobista para empresas madeireiras e silvícolas, fez uma série de alegações errôneas em seu caso contra o Banco Mundial e a Corporação Financeira Internacional (IFC) por estabelecer fortes critérios sociais e ambientais para empréstimos ás empresas de óleo de palma. É importante colocar o editorial do Sr. Oxley no contexto de seus maiores esforços para reduzir as proteções para as comunidades rurais e para o meio ambiente.



Em seu editorial, Oxley descaracteriza o processo de auditoria do IFC; confunde os orgão de decisões políticas do Banco Mundial; e cita um grupo errado liderando as reclamações ao IFC. Oxley retrata o processo do Banco Multilateral para a concepção de uma estratégia de retomar os empréstimos para as empresas elevando “os interesses verdes, em sua maioria baseados nos países ricos, sobre a missão crucial do banco de reduzir a pobreza” quando de fato a maioria daqueles assinando as reclamações e colocações para o Banco Mundial são os Povos Indígenas , Grupos de pequenos proprietários e Organizações nacionais não governamentais (NGOs).



Desmatamento Florestal para Óleo de Palma na Sarawak Central.



Desmatamento para Óleo de Palma perto de Tanjung Puting em Kalimantan Central, na Indonésia. Imagem cortesia da Google Earth

Oxley alega que a campanha é em prol da erradicação da pobreza, contudo os centros de emissão do Banco Mundial giram em torno dos direitos territoriais das comunidades rurais pobres que estão sendo violadas por uma grande empresa de óleo de palma. Se Oxley está sendo sincero sobre o pedido pela situação dos pobres, por que ele sera que está se aliando com as mais criticadas empresas madeireiras e empresas de plantação que existem?



A resposta é simples, a plataforma “anti-pobreza” de Oxley é pouco mais do que uma campanha em prol das grandes empresas florestais para reduzir a regulação, incluindo as proteções ambientais, em uma indústria que tem demonstrado uma necessidade por segurança (e.g. o impasse deste mês: Rajang). Enquanto muitas empresas–incluindo Wilmar, que está no centro das reclamações do IFC –estão se movendo em direção á políticas mais responsáveis que melhor asseguram a viabilidade a longo termo de sua indústria e da saúde do meio ambiente, ainda há os que preferem enganar o público do que substancialmente melhorar as operações. É aí que se encontra o Sr. Oxley com sede em Washington D.C.- World Growth International e sua empresa de marketing ITS Global.



Expansão da produção de óleo de palma tem gerado considerável renda na Malásia, Indonésia, mas em alguns lugares tem gerado exacerbados conflitos.

Oxley é rápido para atacar qualquer um que critique seus clientes corporativos como os ambientalistas radicais com uma agenda anti-desenvolvimento. Ultimamente ele tem sido particularmente ativo em prol das empresas Sinar Mas, que tem estado sobre pressão de Ongs por conflitos com comunidades e desmatamento em Sumatra e Kalimantan. Nesse esforço, Oxley recentemente publicou vários comunicados de imprensa, relatórios (por vezes apresentando-os como auditoriais “independentes”), e editoriais que contém distorções e corrupção pura e simples de fato. Oxley fez falsas alegações sobre os principais condutores do desmatamento, o desempenho ambiental do óleo de palma, os grupos que estão trabalhando para melhorar o bem estar da pobreza rural, e as iniciativas de certificação de commodities. Ele até mesmo utilizou linguagem que implica que Wangari Maathai, a vencedora do prêmio Nobel da Paz de 2004 por sua campanha de plantação de árvores na África, apóia a conversão em larga escala de floresta tropicais. Maathai não apoiou tais atividades, que são contra o espírito de sua comunidade baseada no Movimento do Cinturão Verde, e não apóia o World Growth International.



Essas distorções e mal interpretações prejudicam a longo prazo a saúde e o bem estar dessas indústrias que estão pagando Oxley. Essas corporações podem ter um papel central na utilização racional e na gestão de recursos naturais e é uma vergonha que o Sr. Oxley tente obstruir este papel positivo através de sua campanha.


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