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A cama de $1M: porque as florestas de Madagascar estão sendo destruídas

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A demanda dos consumidores por móveis feitos de jacarandá e instrumentos musicais está conduzindo a extração de Madeira ilegal aos parques nacionais de Madagascar, ameaçando a vida selvagem e minando a sobrevivência das comunidades locais, de acordo com um novo relatório da Agência de Investigação Ambiental (EIA) e Global Witness.



O relatório, baseado em mais de um ano de investigações, mostra as valiosas madeiras de Madagascar—incluindo ébano, pallisander, e jacarandá—que estão sendo ilegalmente exploradas dos parques florestais e traficados para a Ásia, Europa e Estados Unidos. A vasta maioria de madeira—98 por cento—no entanto acaba na China, onde é convertido em móveis de luxo.



“Na China, as camas de jacarandá da Malagásia são vendidas por um milhão de dólares cada, contudo menos de 0.1% dos lucros permanecem com os povos locais,” diz Alexander von Bismarck of EIA, em um depoimento. “Eu não acho que os compradores dessas camas dormiriam bem a noite se eles soubessem toda a história por trás de suas camas.”


Von Bismarck acrescentou que as investigações descobriram que os traficantes Chineses muitas vezes estavam cientes de que a Madeira que eles estavam comprando era ilegal.



O comércio de jacaranda foi banido desde Março de 2010 quando a “autoridade de transição” — o grupo que tomou o controle do país em Março de 2009 — estabeleceu uma moratória sobre a extração madeireira e o comércio de madeiras preciosas em resposta aos protestos internacionais. No entanto os recentes relatórios indicam que a extração madeireira continua em Masoala e Makira, áreas florestais reconhecidas como Global World Heritage Site.




O gráfico mostra um preço indicativa para o jacarandá usado em uma cabine de $60,000 em Shanghai, em diferentes locais na cadeia de fornecimento. Cortesia de imagem de EIA/GW.



Neste relatório, a EIA e Global Witness dizem que há sinais encorajadores de que a transição do governo está tomando medidas para interromper o comércio, mas discutem que os governos dos países consumidores precisam fazer mais para controlar as importações da madeira ilegal. O relatório aponta o ato do ano passado de Gibson Guitar pelas autoridades Americanas sobe o Ato Lacey como um importanto exemplo de intervenção no mercado ilícito da madeira.




Investigação dentro do Mercado Global na Malagásia de Madeiras Preciosas: Jacarandá, Ébano e Pallisander

“Ficamos felizes com as últimas indicações do governo de Madagascar,” disse Reiner Tegtmeyer da Global Witness, “No entanto, as experiências passadas têm mostrado que tais medidas são freqüentemente subestimadas por aplicações de isenções e fraca implementação. Para preencher as lacunas, os governos de todos os países consumidores de Madeira devem seguir o exemplo dos EUA e reprimir a importação ilegal de madeira.”



“A resposta da China a essas descobertas serão críticas para a biodiversidade de Madagascar. A China tem uma grande oportunidade de ajudar a colocar fim no comércio de Madeira ilegal e proteger a biodiversidade,” acrescentou Von Bismarck.



A extração de Jacarandá eclodiu após o golpe de 2009. Dezenas de milhares de hectares foram afetados, incluindo alguns dos mais biologicamente diversos parques nacionais da ilha: Marojejy, Masoala, e Makira. A exploração ilegal de Madeira estimulou o surgimento o aumento do comércio ilegal de carne. Caçadores abatem raras e gentis lêmures para os restaurantes. Os tráficos da madeira, que envolveu gangues armadas saqueando os parques nacionais, também afetavam o turismo, um fonte critica de renda direta e indireta para muitas comunidades locais. Os comerciantes de jacarandá intimidavam e, em alguns casos, atacavam aqueles que tentavam impedir o saque.


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