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Extensão da moratória de soja na Amazônia

Fazendeiros de soja brasileiros extenderam a moratória de desflorestamento na Amazônia por mais um ano, relata o Greenpeace.




A moratória foi estabelecida em Julho de 2006 em resposta às preocupações acerca de grandes compradores de soja — notavelmente McDonalds e Carrefour — a expansão da soja estava levando à destruição em larga escala das florestas tropicais da Terra. Produtores de soja da região desde então têm registrado suas ações para vender seus produtos a destruidores e negociantes maiores. Propriedades registradas são monitoradas via satélite, vôos de avião e visitas terrenas para observância.




O Greenpeace diz que uma melhora no monitoramento das florestas este ano resultou em 75 fazendas sendo descobertas e expulsas do sistema, contra apenas 12 no ano passado. As fazendas não podem mais vender parar grandes compradores de doja.




“A moratória continua sendo um passo positivo em nos ajudar no controle e monitoramento da soja utilizada na nossa rede de fornecedores”, disse Denis Hennequin, presidente Europeu do McDonald’s. “Nós continuaremos a participar e apoiar esta iniciativa que ajuda a proteger a Amazônia”.




O Greenpeace diz que os últimos dados de satélite mostram que o desflorestamento diminuiu na Amazônia, mas os campos de soja aumentaram desde que a moratória passou a fazer efeito.




“A moratória de soja da Amazônia demonstra que produção e conservação podem dar as mãos”, disse Paulo Adario, diretor de campanha do Greenpeace Amazônia em uma declaração. “Mas ainda tem muito trabalho a ser feito para que a produção agrícola brasileira fique completamente livre do desflorestamento”.




O Greenpeace e outras ONGs também estão trabalhando com o setor de gado para reduzir o impacto da pecuária — o maior agente de desflorestamento na Amazônia — e da produção de cana. A moratória da soja está servindo de modelo para estas outras causas.




“Negociantes brasileiros de soja e gado estão apoiando os esforços para reduzir o desflorestamento já que o mercado mundial rejeita produtos ligados à destruição da Amazônia”, disse Adario. “Mas eles não podem garantir que seus produtos serão livres de desflorestemento até que governo, fazendeiros e negociantes estejam trabalhando juntos para ter certeza de que todas as fazendas na Amazônia são publicamente registradas e garantir que os culpados sejam pegos e responsabilizados”.




O Brasil é o maior exportador de soja do mundo.

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