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Óleo de Palma Chega aos Estados Unidos

O primeiro carregamento de óleo de palma certificado sob os critérios de sustentabilidade chegou aos Estados Unidos, segundo a mesa redonda sobre óleo de palma sustentável (RSPO).



A AAK, fabricante de óleos e gorduras vegetais com base em Malmo, na Suécia, anunciou a chegada do primeiro carregamento de óleo de palma selecionada com certificado da RSPO à sua refinaria no porto Newark no estado de New Jersey. O óleo de palma selecionada com certificado da RSPO foi mantido separado do óleo de palma convencional durante o processo de beneficiamento. A maioria dos usuários do óleo de palma “sustentável” não usam de fato o óleo de palma selecionado com certificado de sustentável (CSPO), ao invés disso eles compensam a compra de óleo de palma convencional comprando a quantidade equivalente de certificados do “óleo de palma mais verde”, o que representa CSPO verdadeiro sendo vendido em outro lugar com se fosse óleo de palma convencional.



A RSPO também anunciou que a produção diária de CSPO já ultrapassou 5.000 toneladas por dia. Desde o final de 2008 mais de 2.2 milhões de toneladas de óleo de palma certificado e 600.000 toneladas de dendê certificado foram produzidas. Cerca de 600.000 toneladas de CSPO e dendê foram vendidas—a maior parte para a Europa—em 2010 até agora.



O consumo global de óleo de palma está em aproximadamente 50 milhões de toneladas por ano, cerca da metade do que é comercializado internacionalmente. É amplamente usado em comidas processadas, cosméticos e sabões — a WWF (fundo mundial para a natureza) estima que o óleo de palma é encontrado em aproximadamente metade dos produtos embalados que estão nos supermercados. E cada vez mais é usado como um biocombustível.



Mas ao mesmo tempo que o óleo de palma tem uma safra altamente produtiva, o aumento repentino da produção nos últimos 20 anos incitou uma forte reação por parte dos ambientalistas que perceberam que essa expansão tem consumido vastas áreas de florestas tropicais na Malásia e na Indonésia, provocando massiva emissão de gás-estufa e colocando em risco espécies já ameaçadas de extinção—incluindo o orangotango, o elefante—pigmeu, o rinoceronte—de—sumatra e o tigre—de—sumatra. O desenvolvimento das plantações de óleo de palma também agravou conflitos sociais em algumas áreas.



A RSPO surge como uma resposta para estes problemas. A equipe—a qual inclui representantes dos interesses de indústrias bem como ambientalistas e outros grupos—estabelece critérios de sustentabilidade para a produção de óleo de palma. Contudo, a iniciativa foi violentada no último ano com revelações de que alguns membros continuam a destruir habitats ecologicamente sensíveis. Membros proeminentes, incluindo Unilever e Nestle, tiveram que agir fora do processo da RSPO para responderem por má-conduta por parte de fornecedores membros da RSPO. Alguns críticos dizem que o projeto carece de supervisão, estabelece poucas restrições a serem seguidas, e não tem fundos suficientes. Apoiadores argumentam que a RSPO ainda é uma iniciativa relativamente nova que precisa de mais tempo para mostrar-se eficaz.






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