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Europa barra mercado de madeira ilegal

O Parlamento Europeu votou hoje de forma esmagadora para barrar madeiras extraídas ilegalmente dos mercados da União Européia.



A legislação, que passou por 644 a 25 votos, irá exigir que todas a empresas comercializando produtos de madeira na União Européia comprovem que sua madeira é de fonte legalizada. Empresas que não consigam demonstrar práticas confiáveis estarão sujeitas a multas.



A regra passará a valer em 2012, mas produtos de papel estarão isentos por 5 anos.



A legislação teve apoio de produtores de madeira locais e exportadores estrangeiros que tiveram suas margens de venda diminuídas devido à venda de madeira ilegal, que geralmente custa menos que a madeira legal. Os EUA recentemente promulgaram uma medida similar: O Ato Lacey.



Exploração de palmeiras de óleo para produção de óleo de palmeira na Sumatra, Indonésia.

Grupos verdes, que há muito pedem por controles mais firmes no mercado madeireiro, receberam bem a novidade.



“Está legislação é uma peça muito importante” disse Faith Doherty, membro da Agência de Investigação Ambiental (EIA), e parte integrante da ONG Telepak na Indonésia que foi sequestrado, espancado e ameaçado de morte em Janeiro de 2000 enquanto investigava extração ilegal de madeira na região central de Kalimantan. “Com esta lei, a Europa assume a responsabilidade por um enorme mercado que tem dirigido a demanda por madeira tropical barata”.



“Esta lei pendura a placa -fechado para negócios- em um mercado destruidor” acrescentou o diretor de políticas florestais do Greenpeace UE, Sébastien Risso, em uma declaração. “Isso promete nivelar o campo para que empresas legitimadas e consumidores consigam agir mais facilmente de forma sustentável”.



Estima-se que 20% da madeira importada na Europa – equivalentes a U$1.1 bilhões – venha de fontes ilícitas.


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