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As metas dos biocombustiveis da UE irão matar de fome os pobres, diz um grupo anti-miséria

As metas dos biocombustiveis da UE irão matar de fome os pobres, diz um grupo anti-miséria



As metas de biocombustíveis da União Européia poderiam matar de fome cerca de 100 milhões de pessoas, avisa um relatório da caridade anti-miséria.



A ActionAid estima que o plano da UE para a fonte de 10 por cento do transporte de biocombustiveis aumentará a competição por terras agrícolas, estimulando um forte aumento nos preços dos alimentos. Alimentos mais procurados que afetam desproporcionalmente afetar as pessoas mais pobres do mundo.



“Os biocombustíveis são estimados terem sido responsáveis por pelo menos 30% do preço dos alimentos mundiais em 2008,” afirma Refeições por galão. “Foi estimado em 2008 que a crise de alimentos já tinha empurrado mais de 100 milhões de pessoas para o nível de pobreza e levado cerca de 30 milhões ao estado de fome absoluta.”



“Se todas as metas globais dos biocombustíveis forem alcançadas, é previsto que os preços dos alimentos aumentarão para um adicional de 76% até 2020. Um estimado de 600 milhões extra de pessoas podem ficar famintas por causa da industria dos biocombustíveis até essa data.”




Além das preocupações com a escassez de comida, a ActionAid diz que as metas de biocombustíveis aumentarão os conflitos sobre as terras e também os problemas ambientais.



“A escala de ocupação fundiária atual é surpreendente,” afirma o relatório. Em apenas cinco países Africanos, 1.1 milhões de hectares foram dados para as industrias de biocombustível – uma área do tamanho da Bélgica… As empresas da EU já adquiriram ou requisitaram pelo menos cinco milhões de hectares de terra para as industrias de biocombustível nos países em desenvolvimento – uma área maior que a Dinamarca.”



O relatório argumenta que a expansão da área plantada (17,5 milhões de hectares, será necessária nos países em desenvolvimento para cumprir a meta da União Européia de 10 por cento) virá à custa das florestas tropicais e pântanos, agravando as alterações climáticas.



” Os biocombustíveis [Industrial] são o caminho de menor custo-benefício para economizar as emissões de GHG em comparação com outros usos da matéria-prima (as plantas que vão produzir biocombustíveis)”, afirma o relatório. “Os biocombustíveis industriais são, portanto, um arenque vermelho na luta contra as alterações climáticas, e irão compôr a fome e a pobreza para os pobres no futuro.”



Refeições por galão comes as Os lobistas da indústria do biocombustível estão fazendo progresso em seus esforços para alcançar as metas e relaxer os padrões ambientais. No inicio deste mês um documento vazado mostrou que a U.E está considerando a linguagem que classificaria plantações industriais como florestas naturais, permitindo conversão em larga escala de florestas úmidas para a produção de biocombustivel. Os que apóiam o biocombustivel convencional alegam que isso impulsionaria a atividade econômica nas áreas rurais mais pobres, mas os críticos dizem que os grandes beneficiários das plantações industriais são as corporações e a expansão irá privar algumas populações que já vivem em desvantagem do acesso tradicional à terra. Devido ás preocupações sociais e ambientais, alguns especialistas em biocombustiveis estao agora empurrando as matérias primas do biocombustivel que nao competem com o cultivo de alimentos, incluindo gramíneas lenhosas em regiões temperadas, palmeira de óleo e outros cultivos em terras agrícolas abandonadas e degradadas nos trópicos, e algas de água doce.



Tim Rice (2009). Meals per gallon [PDF]. ActionAid.







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