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Os gigantes da pecuária movem em direção zero no desflorestamento da Amazônia



As companhias pecuárias estão fazendo progresso no seus esforços para mapear suas correntes de abastecimento na Amazônia, porém ainda não alcançaram a meta zero de desflorestamento a qual se comprometeram na região, é o que o Greenpeace reporta depois de uma reunião na Associação Brasileira de Exportadores de Carne (ABIEC) em São Paulo.



Os gigantes da pecuária brasileira assinaram um acordo de zero desflorestamento outubro passado seguido da algazarra dos consumidores sobre um relato do partido Greenpeace que ligava a destruição da floresta da Amazônia aos produtos de carne de gado utilizados nos produtos das marcas mundiais mais populares. Nesse acordo, as companhias se comprometeram à registrar e mapear todos os ranchos de abastecimento de gado que vem da Amazônia diretamente para o abatedouro até dia 1 de abril, 2010. Esse registro possibilitaria assegurar os consumidores que os produtos de carne de gado não são resultados do desflorestamento da Amazônia.



No entanto, nenhum dos gigantes da pecuária que estavam na reunião mantiveram seus compromissos. Marfrig e Minerva pediram uma extensão de mais três meses.



“Marfrig… informou que 80% dos seus abastecedores que operam na Amazônia tem sido registrados, mas ainda estão em falta com os mapas das fazendas,” é o que Greenpeace relatou no seu site. No entanto, ambos Marfrig e Minerva, “reafirmaram que estão empenhados em limpar suas correntes de fornecedores.”



Houve também uma reunião do Greenpeace com JBS_ o maior matadouro mundial mas não mais membro do ABIEC. JBS afirmou que 80% de sua produção vinda da Amazônia será mapeada daqui pra o final de abril e pediu uma extensão de 3 meses no prazo de entrega.



O prazo de abril somente se aplica aos diretos fornecedores pecuários. As companhias concordaram em mapear e registrar os fornecedores indiretos até novembro 2011.



Greenpeace comenta que o desflorestamento para pecuária ainda ocorre apesar da moratória. Relata que de outubro 2009 ate janeiro 2010, 140 kilometros quadrados de floresta foram devastados nas “áreas sob influência direta desses matadouros.” As queimadas são responsáveis for 40 por cento de todo desflorestamento desse período.



A pecuária é a maior causa do desflorestamento da Amazônia Brasileira. A pastagem de gado tem sido em anos recentes a causa de 80% do desflorestamento, portanto sendo a única maior causa da emissão da estufa de gás no Brasil.



O Brasil é hoje o maior produtor e exportador de carne de gado. O seu rebanho na Amazônia e quase do tamanho de todo o rebanho dos Estados Unidos.

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