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Fabricantes de papel e ambientalistas parecem estar revivendo o velho dilema de Robert Frost causado por dois caminhos divergentes no bosque.
Os defensores das árvores geneticamente modificadas dizem que a estrada que eles escolheram os levam á árvores capazes de resistir á temperaturas muito frias e á doenças – árvores que podem crescer com mais eficiência em terras menores e possivelmente servem como fonte barata de bicombustível. Além disso, os que apóiam dizem que as árvores geneticamente modificadas tem a possibilidade de trazer de volta algumas árvores que estão á beira da extinção.
Mas os críticos na comunidade ambientalista dizem que o caminho escolhido pela indústria de papel não irá salvar da motosserra uma única floresta sequer. Eles temem que as árvores lucrativas para a industria de papel possam se tornar invasivas, destruindo as florestas que eles deveriam proteger.
“Há muita polêmica sobre os transgênicos com as pessoas temendo que eles sejam ruim em qualquer contexto,” disse Steven Franks, um botânico da Universidade Fordham em Nova York. “Eu não penso que isso seja verdade, que eles sejam sempre ruins.”
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Independentemente de suas aplicações, poucos projetos de engenharia genética – tais como a adição de resistência á pragas ás culturas agrícolas combinando genes entre duas espécies de animais distintas – conseguiram escapar inteiramente das críticas.
Há alguns pontos dispersos de álamos geneticamente modificados no Noroeste do Pacífico, e os cientistas têm usado ferramentas de engenharia para criar mamoeiros que são resistentes ao alastramento de uma doença viral. Até agora, porém, as árvores geneticamente modificadas continuam a ser uma indústria de pequena escala.
Para muitos grupos ambientalistas, a bifurcação na Estrada para as árvores geneticamente modificadas é uma única espécie de eucalipto projetada pela corporação ArborGen, uma pesquisa coletiva que conecta á árvore á International Paper e outras grandes produtoras de papel.
ArborGen já tem 300 acres plantados deste eucalipto, um cruzamento entre duas plantas nativas Australianas que a companhia espera poder suportar melhor as baixas temperaturas, nno Sudeste dos Estados Unidos. Uma corporação sediada no Sul da Carolina está pedindo ao Serviço de Inspeção de Saúde dos Animais e Plantas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos a permissão para poder plantar mais.
A agência publicou uma avaliação da presente proposta em 08 de Maio, recomendando aprovação. Mas ambos os lados estão aguardando uma decisão final.
O que tem preocupado grupos como o Stop GE Trees Campaign é o fato de que a ArborGen permitirá que essas árvores alcancem maturidade reprodutiva, ou floresçam.
A corporação tem tomado medidas para assegurar que os eucaliptos nao sejam capazes de reproduzir. Mas se algumas dessas árvores conseguirem dispersar, elas poderiam invadir as florestas nativas, disse Neil Carman, um conselheiro da ciencia das plantas do Sierra Club, que se juntou á campanha.
Abelhas Wayward poderiam também levar o pólen das árvores geneticamente modificadas plantadas nas proximidades para eucaliptos não modificados, potencialmente ocasionando o cruzamento dos dois, disse Carman.
“´É ecologicamente muito arriscado colocar na natureza uma árvore perene como essa,” disse ele. “Uma vez que ela escapa ao controle, já era.”
O alto e perfumado eucalipto não é estanho á controvérsia. Este grupo de árvores é muito propensa á incêndios e requer grandes quantidades de água para crescer.
Diversas espécies de eucaliptos cobriram pastos nos EUA, observou Carman. O Conselho Californiano de Plantas invasivas, por exemplo, considera o eucalipto bluegum, caraterístico da costa da Califórnia, uma planta invasora.
A ArborGen atualmente tem sete acres de eucaliptos reproduzindo, que a USDA permitiu sob avaliação prévia.
Esses terrenos não são para colheitas comerciais ainda. Os cientistas da ArborGen estão usando os terrenos para testar o desempenho de um único gene, de acordo com Maud Hinchee, Conselheiro- cientista da ArborGen.
Na engenharia genética, os cientistas focam no DNA de um embrião em desenvolvimento. Eles quebram o código genético embutido nessa confusão cujas enzimas trabalham como tesouras microscópicas. De lá, cientistas podem modificar esses organismos acrescendo a eles DNA estrangeiros ou bloqueando genes indesejados.
Engenheiros Genéticos podem também reascender antigos caminhoos que a eolução havia desligado. O gene que ajuda os eucaliptos a suportar o estresse e baixas temperaturas pertence á um caminho tal como esse, disse Hinchee.
O receio de que essa árvore resistente á baixas temperaturas irá invadir as florestas nativas, é exagerado, de acordo com Hinchee. As árvores hibridas são leves quando se trata de reprodução. Elas raramente produzem sementes viáveis com membros de espécies relacionadas ou com suas próprias, ela disse.
“A árvore, devido á seu cruzamento com duas espécies, não é muito produtiva reprodutivamente,” disse Hinchee.
Mas prevendo uma folga dos grupos ambientalistas, os cientistas mexeram no DNA da árvore para tentar bloquear completamente a formação do pólen, disse ela.
Em sua avaliação, a USDA concordou que o risco da reprodução dentro dos terrenos-teste da ArborGen ou de cruzamentos com eucaliptos não relacionados das redondezas é pequena.
Mas acidentes estranhos são a marca da evolução. As árvores de eucaliptos são de longa duração, produtores de sementes e como todos os seres vivos, provável a sofrer mutações genéticas, disse Franks, que é também um ex-funcionário do Laboratório de Pesquisas de Plantas Invasoras da USDA na Flórida.
“Dado um período suficiente de tempo,” disse Franks, “esses eventos de pequena probabilidade acontecem. Por serem pequeninas, as chances de que uma das milhares e milhares sementes fossem levadas por uma longa distancia e sobrevivessem poderia acontecer.”
Mas Franks enfatizou que a USDA reforça as regelações e conduz extensa pesquisa para prevenir o escape das plantas geneticamente modificadas.
Os Conservacionistas deveriam decidir sob uma base de especie-por-especie se os benefícios da modificação genética forem maiores que os riscos, disse Franks.
Não importa quão cuidadosas sejam corporação como a ArborGen, existe um pequeno número de pessoas que jamais aceitarão a tecnologia, disse Steven Strauss, um professor de ciência florestal da Universidade do Estado de Oregon.
“Eles tem um grande interesse investido em ver as coisas de forma diferente,” disse Strauss. “Eles são fundamentalistas em suas opniões.”
Strauss, que usa a engenharia genética para estudar as populações naturais das árvores com financiamento parcial da ArborGen, enfatiza o potencial delas para ajudar as florestas ameaçadas.
Essas aplicações vão além das práticas eficientes. De acordo com Hinchee, a ArborGen está explorando caminhos para reduzir a quantidade uma substancia chamada lignina em suas árvores, tornando-as mais fácil para o processamento do biodiesel.
Com ajuda financeira da ArborGen, cientistas da Universidade da Georgia e da Universidade Estadual de Nova York estão usando ferramentas de modificação genética para resgatar a Castanheira Americana de ser dizimada por uma praga de fungos. Esses cientistas inserem genes de Resistência fúngica das castanheiras Chinesas geneticamente parecidas com as Americanas, plantando-as no DNA da castanheira Americana.
Genetic engineering tools “are valuable as part of an integrated program that incorporates a traditional breeding program,” says Scott Merkle, professor of forestry and natural resources at the University of Georgia. “All of us are going to work together on this.”
Strauss disse que a modificação genética poder ser a única saída para alimentar a crescente demanda por produtos como papel sem destruir completamente as florestas naturais.
“Se você olhar para o grande cenário do consumo mundial,” disse Strauss, “a única maneira que vamos obter avanços é ousar alguns riscos calculados.”
Mas Franks disse que a idéia de que a modificação genética ajudará a salvar o mundo pode ser descomedida. Ele acha que as árvores, mesmo as geneticamente modificadas, serão provavelmente muito caras para serem processadas para se fazer biodiesel eficiente. Como para o consumo, o problema não é a falta da tecnologia, mas um problema de como os alimentos e materiais são distribuídos.
“Quanto é que isso vai realmente ajudar a solucionar os problemas que temos—a obter os materiais, e alimentos dos quais precisamos?” disse ele. “Nós já produzimos alimentos suficientes para alimentar todo mundo no planeta mas contudo um bilhão de pessoas passam fome.”
Anne Petermann, uma co-coordenadora da Stop GE Trees Campaign, disse que a sustentabilidade que a ArborGen alega é uma “grossa deturpação” de seus objetivos.
“Eles não estão na verdade colocando as plantações para proteger as florestas,”disse Petermann. “Eles estão colocando as plantações onde as florestas costumavam ficar.”
Para pessoas como Petermann, os benefícios não ultrapassam os custos. Ela e outros ativistas ambientais estão preocupados com o fato de que se a USDA permitir os terrenos-testes da ArborGen, ela irá abrir a porta para um hospedeiro de outras árvores comerciais geneticamente modificadas.
Se começarmos a ir por esse caminho, disse Petermann, podemos nunca mais ser capazes de retornar.
Daniel Strain é aluna graduada do Programa de Comunicação da Ciência da Universidade da Califórnia, Santa Cruz