Notícias ambientais

Mundo do Avatar: na vida real



Um número de meios de comunicação estão relatando um novo tipo de mania: você pode chamá-lo de Avatar azuis. Algumas pessoas que assistem o novo filme das paradas pode ficar deprimido porque o mundo dos Avatar, com suas criaturas de seis pernas, lagartos voadores e organismos brilhantes não é real. Contudo, para o crédito do diretor James Cameron, o mundo alien de Pandora é baseado em nosso próprio paraíso biológico—Terra. As magias de Avatar estão a nossa volta, voce apenas deve saber onde olhar.



Há exemplos óbvios: o cavalo tipo ‘direhorses’ que os indigenas Na’vi montam, o rinoceronte- cabeça de martelo combinação com ‘titanothere’, e o grande gato influencia do ‘thanator’ que persegue o herói (e mais tarde é montado por um Na’vi). Enquanto outras conexões com a biologia da Terra podem ser menos claras, elas não são menos reais.



Seis pernas: Um numero das espécies de Pandora tem seis pernas ao invés de quatro. Enquanto isso pode parecer fantástico, a maioria das espécies da Terra andam sobre seis pernas e não quatro: todos os insetos e artrópodes são hexapodais ou como dizemos, tem seis pernas. Acontece que o hexapodismo é comum aqui como é em Pandora—apenas que aqui os hexapodes são pequenos.



Bioluminescencia em ação. Uma larva Zoanthid anemone em luz branca e com excitação fluorescente. Cortesia de imagem da Expedição de bioluminescência Bioluminescence 2009 Expedition, NOAA/OER.

Bioluminescencia : Um dos aspectos do belo visual dos Avatar é que muitos dos organismo literalmente brilham com sua própria luz interna. Mas isso não é ficção científica; inúmeros organismos sobre a Terra tem desenvolvido essa luz brilhante, conhecida como bioluminescência.



Mais familiar, os vagalumes usam a bioluminescência, algumas vezes aparecem em nossos quintais e jardins. Certa espécie de fungo tambem emprega a bioluminescencia.



Mas é no fundo escuro dos oceanos que a bioluminescência se desenvolveu de uma maneira bem similar a Pandora. Quase todas as espécies no abismo—de peixes a lulas, de crustáceos a corais—usam fantásticos shows de luz para se comunicar, atrair presas ou escapar. Pensa que flashes de luz em Avatar é muito bom pra ser verdade, os cientistas recentemente descobriram vermes marinhos que lançam bombas bioluminescentes.



Lagartos Voadores: No filme os Na’vi montam criaturas como grandes lagartos gigantes com asas. Esses animais são claramente inspirados nos dinossauros voadores tais como os psteasauros, mas inclui também a inspiração de um numero vivo de organismos incluindo raias e skates. Mas ainda existem lagartos voadores andando pelo mundo hoje em dia. Na Ásia os lagartos desenvolveram asas que permitem que eles pulem de árvore em árvore. Mas isso não é tudo: na ilha de Bornéo, rãs, esquilos e cobras todos brilham. Sim, isso mesmo, até as cobras saltam das árvores e espalham membranas de sua pele brilhante como pára- quedas para deslizar seguramente ao chão. A evolução na Terra é mais estranha e mais incrivel do que a ficção científica.



As cores espetaculares dos lagartos voadores sao tambem baseados em organismos naturais, incluindo borboletas, rãs venenosas e peixes tropicais.



O lagarto Voador mais Comum, Draco volans em Borneo. Foto por: Rhett A. Butler.

Floresta Tropical: A flora em Pandora é como na Terra, não surpreende que tenha sido projetada por um botânico californiano.



Além das reconhecíveis árvores, musgos e samambaias, uma das estranhas espécies da flora em Pandora entra em colapso quando tocada: esse não é um comportamento alien, na Terra algumas plantas tem adaptado seus mecanismos de defesa o que permite que elas se curvem e encolham quando tocadas, conhecido como movimento thigmonastico, protegendo-as dos predadores. Minúsculos vermes aquáticos que se parecem com plantas, apelidados de espanadores, mostram o mesmo comportamento.



Até o mais único comportamento em Pandora, as plantas comunicando umas com as outras, é baseado em parte na realidade. Transdução de Sinais, um campo de estudo que apenas decolou no fim dos anos 70, estuda como as plantas se comunicam—tanto com outras plantas e dentro de suas próprias partes—através de sinalização molecular. Estudos recentes tem mostrado que as plantas são na verdade capazes de distinguir entre membros da família (aqueles que compartilham o mesmo parentesco da planta) e estranhos e tratam esses dois grupos de formas diferentes. As plantas são ate mesmo consideradas terem uma memória e inteligência através de seus sinais de transdução.



Talvez um dos mais estonteantes visuais de Pandora envolva sua intocada floresta tropical tao longe quanto pode os olhos verem. Existem muitos lugares na Terra onde ainda há florestas úmidas intocadas, mas tais locais estão cada vez mais sob ameaça—bem como o povo que reside lá.



Anêmona do Mar

Apesar de ser uma ficção científica, Avatar aponta muito bem situações contemporâneas onde os povos da floresta estão batalhando a sua própria maneira com as corporações internacionais que estão invadindo suas terras para mineração, extração da madeira e exploração.



Se existe algo que um filme como Avatar deveria ensinar é sobre nosso miraculoso planeta seus belos organismos—e ajudar a salvá-los. Se você não pode viajar para ver algumas dessas maravilhas escolha algum livro sobre natureza ou veja documentários como Planet Earth, Blue Planet, ou qualquer um de David Attenborough; ele tem uma série memorável chamada Life of Plants.



Se você não acredita em mim, ouça o que diz o próprio Cameron: “existem criaturas aqui mesmo na Terra que são absolutamente maravilhosas, e todos os aliens já estão aqui, se você olhar em pequena escala ou no profundo de nossos oceanos… É uma espécie de reverencia e senso do fantástico da natureza e sua inventividade, e isso de fato contribuiu para cada decisão que tomamos na criação do design das criaturas.”


Exit mobile version