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Brasil estabelece 51.000 quilômetros quadrados de novas reservas indígenas na Amazônia.



Na segunda-feira passada, o Brasil decretou nove novas reservas indígenas que abrangem 51.000 quilômetros quadrados (19.700 milhas quadradas) da floresta amazônica, uma área maior do que a Dinamarca ou a Suíça, relata a AFP.



“Nós nunca seremos capazes de fazermos o suficiente para os povos indígenas”, disse o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em um discurso em que anunciou o decreto. “A dívida é histórica e não podemos nunca reembolsá-los através do dinheiro, nós só podemos fazer gestos concretos”.


Cinco das reservas estão localizadas no estado do Amazonas, duas estão no Pará, uma é em Roraima, e outra está no Mato Grosso do Sul. As áreas protegidas possuem cerca de sete mil índios de 29 etnias distintas, segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), agência de assuntos indígenas do Brasil.


A maior reserva, casa Trombetas Mapuera, é responsável por 80 por cento da nova área protegida e foi destinada para estas tribos.



A maior reserva, Trombetas Mapuera, incluem partes de Caroebe, Faro, Nhamundá, Oriximiná, São João da Baliza e municípios Urucará, no estado do Amazonas, entre as cidades de Manaus e Santarém



39 n ovas reservas indígenas foram decretadas desde 2007 e agora existem 663 reservas no Brasil, numa área de mais de um milhão de quilômetros quadrados. Mais de metade da Amazônia brasileira está sob alguma forma de proteção.



Brasil quer reduzir desmatamento em 70 por cento na próxima década, como parte de seu plano para reduzir emissões de gases do efeito de estufa. A perda da floresta para o ano 2008-2009 foi a mais baixa desde os registros que começaram há mais de 20 anos atrás.



As reservas indígenas têm demonstrado que possuem as menores taxas de desmatamento do que parques e áreas adjacentes desprotegidas. Mas a declaração de uma reserva indígena não é garantia de proteção. Por exemplo, quase 95 por cento da reserva chamada Marãiwatsede ou (Suiá-Missú), uma reserva indígena Xavante, no estado de Mato Grosso do Sul, foi invadida por posseiros alguns com o consentimento dos próprios índios e devastaram as matas com a intenção de limpar as suas terras para formação do pasto para gado.




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