Apesar do declínio das taxas de natalidade em alguns países desenvolvidos, a população mundial continua crescendo – e rápido. Um estudo recém publicado pelo Escritório de Dados Populacionais (PRB em inglês) aponta que o mundo terá 7 bilhões de habitantes em 2011.
Essa marca será atingida apenas 12 anos depois de o planeta chegar nos 6 bilhões de habitantes, o que aconteceu em 1999. Pra ir do primeiro para o segundo bilhão de habitantes a humanidade precisou de mais de um século.
A população vem crescendo acirradamente desde que a peste dizimou as populações da África e da Ásia no século XIV. Nessa época a população mundial era de aproximadamente 350 milhões de pessoas. Em 2011 o planeta terá 20 vezes esse número de habitantes.
“Em muitos países a taxa de natalidade está diminuindo, mas mesmo assim, no geral, a população mundial vem crescendo rapidamente”, afirma Bill Butz, presidente do PRB. “Nós vamos de 6 para 7 bilhões de pessoas em apenas 12 anos, o mesmo tempo que demoramos para ir de 5 para 6 bilhões de habitantes. Esses eventos não têm precedente na história humana”.
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Quase todo o crescimento populacional acontece em países em desenvolvimento. O continente africano acaba de passer a marca de 1 bilhão de habitantes e se as taxas de natalidade se mantiverem como estão em 2050 serão 2 bilhões de africanos.
“A grande maioria dos jovens do mundo – 90 por cento – vive em países em desenvolvimento”, diz Carl Haub, especialista em demografia do PRB e co-autor do estudo. “Nas próximas décadas esses jovens deve continuar a atual tendência de migrar do campo para a cidade em busca de oportunidades de educação e treinamento, empregos e serviços de saúde”.
Mas será que esses jovens – 8 de cada 10 vivem na África ou na Ásia – vão encontrar o que estão procurando?
Apesar de décadas trabalhando contra a fome e a pobreza, metade da população mundial ainda vive abaixo da linha da pobreza, sobrevivendo com menos de 2 dólares por dia.
Infelizmente o que se tem observado é que mais pessoas no mundo significa mais pessoas pobres.
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