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7 passos para resolver a crise global da biodiversidade

7 passos para resolver a crise global da biodiversidade

7 passos para resolver a crise global da biodiversidade

Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
29 de Agosto, 2008




Cientistas de Stanford propõem sete medidas para acabar com o evento atual de extinção em massa conduzido pelo homem.




Muitos biológos acreditam que a Terra está entrando no sexto evento de extinção em massa, que tem a influencia direta das atividades humanas, incluindo exploração predatória, destruição do habitat e introdução de espécies estrangeiras e patogênias. A mudança climática — largamente conduzida por forças antropogenicas — é esperada em breve aumentar a pressão sobre a biodiversidade da Terra. Com a população e o consumo per capta esperados crescerem significantemente na metade do século XXI, parece haver pouca esperança que a perda das espécies possa ser desacelerada. Contudo, escrevendo no jornal PNAS, os biólogos de Stanford Paul R. Ehrlich e Robert M. Pringle sugerem sete passos para ajudar a melhorar a previsão para as espécies que vivem em nosso planeta.



O primeiro passo é reduzindo a impressão global da humanidade. Ehrlich e Pringle dizem que isso pode ser feito encorajando iniciativas que diminuam o crescimento populacional (incluindo controle de natalidade e educação para mulheres) e diminuir o uso de recursos através do consumo reduzido (incluindo a redução do consumo de carne) e inovação mais eficiente de projetos e tecnologias.



Pigmeu-tirano com crista ecalar (Lophotriccus pileatus) em Las Cruces, Costa Rica

Os professores de Stanford então solicitam doações perpétuas para áreas conservadas como meio de permanentemente financiar a proteção de áreas críticas. Eles destacam Paz Con la Naturaleza — da Costa Rica, um plano para gerar $500 milhões para doar para o sistema de conservação do país de forma perpétua — como um exemplo.



O próximo destaque de Ehrlich e Pringle são as técnicas de gerenciamento da terra que aumentam a biodiversidade das paisagens dominadas pelo homem. O termo “biodiversidade do interior do país,” é a idéia de que medidas pequenas e não tão caras tais como plantar árvores e proteção de zonas ribeirinhas podem significantemente impulsionar a biodiversidade sem diminuir a produtividade agrícola.



Os autores continuam argumentando que os mercados emergentes para os serviços do ecossistema — incluindo o sequestro de carbono, filtração de água e controle de enchentes, abrandamento de erosão, e polinização entre outros — servirão para destrancar o valor economico das florestas, pântanos e outros habitats. Tal “capital natural” poderia oferecer novos caminhos para financiar a conservação bem como aumentar os custos de oportunidades de conversão de terras selvagens para exploração a curto prazo.



As três recomendações finais de Ehrlich e Pringle são 1) financiar a restauração e reclamação de ecossistemas degradados e destruidos, 2) encorajar o envolvimento da comunidade nos esforços de conservação, e 3) promover a educação ambiental ao redor do mundo. Observando menor interesse na visitação do Parque National, os Estados Unidos, eles escrevem “tais tendencias não serão invertidas e a crise de biodiversidade não será resolvida até que a natureza possa rivalizar a realidade virtual como fonte de entretenimento, curiosidade, e inspiração.”



Treehopper no Suriname. Foto por Rhett A. Butler

“As pessoas guardam o que usam, e a crescente educação capacitaria mais pessoas a encontrar usos para a biodiversidade. A demanda pelo ecoturismo e percebidos ‘valores de existência’ aumentaria e, com eles, rendimentos de sustentação da biodiversidade,” continuam os autores. “Em um mundo de apropriações picantes para a conservação, temos uma literatura academica maravilhosa em como maximizar retornos dos investimentos na conservação. Mas temos realizado poucos esforços compativamente para descobrir caminhos para criar um mundo de fanáticos por biodiversidade e eleitores da conservação, onde os recursos de conservação fluiria presumidamente de forma mais livre.”



Ehrlich e Pringle dizem que o interesse pelo mundo natural pode ser aumentado através de maior exposição á natureza em uma idade mais adiantada e realçado pelo uso criativo de plataformas de entretenimento popular e sistemas de entrega incluindo — talvez intuitivamente — youtube, Second Life, e a Internet. Os cientista terão um papel em facilitar o esforço.



“Transformações sociais profundas não são impossíveis ou ‘fantasiosas,'” eles escrevem. “Os deslocamentos acontecem. Eles aconteceram em nossas vidas. Nós todos conhecemos esses termos: segregação, Cortina de ferro, apartheid. ‘Extinção antropogênica’ pertence a essa lista.”



“Mais que tudo, o futuro a longo prazo da biodiversidade será determinado por nosso sucesso ou fracasso em ajudar a precipitar tais revisões na percepções popular sobre a natureza e o que ela significa.”








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