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1/3 dos corais enfrentam a extinção

1/3 dos corais enfrentam a extinção

1/3 dos corais enfrentam a extinção
pt.mongabay.com

Traduzido por Marcela V.M. Mendes
6 de Agosto, 2008





Quase um terço da foramação de recifes de corais estão vulneráveis à extinção, de acordo com uma pesquisa com 845 especies de corais. As temperaturas crescentes, aumento da incidência de doenças, e perturbação humana estão guiando a tendência.



Assessando o status de conservação de corais ao redor do mundo usando o Critério Lista Vermelha IUCN, uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que 32.8 por cento da formação dos recifes de corais estão em categorias com elevado risco de extinção. Em altissimo risco estão os corais do Caribe e o Coral Triangle no Oeste do Pacifico.



“Nossos resultados enfatizam a situação difundida de recifes de corais e a urgente necessidade de possibilitar medidas de conservação,” escreveram os autores.



Comparação das autuais Categorias da Lista Vermelha para todas as espécies de formação de recifes de corais com as hipotéticas Categorias da Lista Vermelha back-cast com a pre-1998. (CR=Criticalmente Ameaçado EN=Ameaçado, VU=Vulneráveis, NT=Pouco ameaçados, LC=Sem preocupação, DD=Informações Deficientes).

Os corais estão cercados por ameaças em escalas globais e locais. Ameaças locais — que primariamente resultam da intrusão humana — incluem desenvolvimento da costa, sedimentação resultante da erosão e desflorestamento, despejo de esgoto, carregamento de nutriente e eutroização da corrida agrícola, mineiração e captura predatória de animais para comércio, pesca predatória, e atividades recreacionais. Em uma escala global, os recifes estão ameaçadas pelas altas temperaturas, que causam o descoramento ou a expulsão de algas simbióticas que provêm os corais com a subsistência, e acidificação oceanica, que causa mudanças em comunidades de recifes tornando mais dificil para os corais formarem esqueletos de carbonato que servem como sua base estrutural. Esses efeitos sinergéticos causam estresse fisiológico, enfraquecendo os corais e deixando-os sucetíveis à infecção por patogenias, incluindo bactérias e virus.



Os autores dizem que os resultados mostram que o risco de extinção de corais tem aumentado dramaticamente na década passada, de 13 categorias ameaçadas antes de 1998 para 231 hoje. O número de espécies “pouco-ameaçadas” aumentou de 20 para 176 no mesmo período. A proporção de espécies de corais ameaçadas é segunda apenas aos anfibios — que são também sucetíveis à mudança climática — entre os grupos animais.



Os pesquisadores advertem que sem esforços de conservação imediata, uma grande proporção de espécies de corais podem ter o mesmo destino dos dinossauros, resultando em perda significante da biodiversidade e impactos economicos.



“Se os corais não se adaptarem, os efeitos cascata da perda funcional dos ecossistemas de recifes ameaçarão a estrutura geologica de recifes e suas funções de proteções costeiras e pode ter grandes efeitos economicos sobre a seguridade alimentar por centenas de milhões de pessoas dependentes dos peixes do recife. Nosso visao de consenso é que a perda de ecossistemas de recife levaria á perda em grande escala da biodiversidade,” concluem os autores.



K.E. Carpenter et al. (2008). Um terço das Formações de Recifes de Corais Enfrentam Elevado Risco de Extinção da Mudança Climática e Impactos Locais. Science 10 de Julho 2008.





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