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O Censo da Vida Marinha conta com 122.000 espécies

O Censo da Vida Marinha conta com 122.000 espécies

O Censo da Vida Marinha conta com 122.000 espécies
Jeremy Hance, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
14 de Julho, 2008





Descobrir uma nova espécie pode ser o ápice da carreira de um biólogo. Contudo uma vez que uma espécie entra numa literatura formal, as complicações podem se desenvolver. O sistema tem sido especialmente problemático porque por séculos tem faltado aos biólogos as ferramentas para construir uma completa lista flexível de inumeráveis espécies do mundo. Usando a Internet e centenas de cientistas ao redor do mundo, o Censo da Vida Marinha está tentando aceitar essa monumental tarefa.



Com 120.000 espécies agora online, o Censo da Vida Marinha se considera a meio caminho para sua meta de checar e validar as 230.000 espécies marinhas atualmente conhecidas na ciência. Uma vez completo, o Registro Mundial de Espécies Marinhas, chamado WorMS, será a primeira fonte de descrições em toda a vida marinha.


Carangueijo Crab: Essa nova espécie de carangueijo foi descoberta no Pacifico-Antarctico no Sul do Oceano Pacífico (37°46.50’S, 110°54.70’W). Foi nomeado Kiwa hirsuta kiwa, após os deuses do egoísmo na mitologia Polinésia, mas se tornou conhecido como “carangueijo yeti” por causa de sua aparência cabeluda. O carangueijo foi coletado pela arma injetora do submarino Alvin em 2228 metros de profundidade.
Referencia: Macpherson E., Jones J. & M. Segonzac, 2005. Uma nova família de lagosta da Galatheoidea (Crustacea, Decapoda, Anomura) das aberturas hidrotermais do Pacifico-Antartico. Zoosistema 27(4): 709-723.

A meta para o censo é atualmente em 2010. No entanto, a lista não terminará ali desde que novas espécies continuam a ser descobertas em indices assustadores. É estimado que a cada ano aproximadamente 1.400 novas espécies sejam descobertas. Cientistas trabalhando no projeto acreditam que eles podem apenas saber um quarto do número real de espécies marinhas na Terra. O número total de espécies marinhas poderia ser maior que um milhão.



Criando essa lista inicial de 120.000 espécies muitas ficaram de fora. Por exemplo, pesquisadores descobriram que um numero de espécies tem sido formalmente descritos e nomeados cientificamente mais de uma vez. Na verdade mais de 50.000 nomes estudados estavam duplicados. Onde haviam nomes duplicados para uma única espécie, o nome mais antigo era escolhido como o correto e, a partir de agora, único para aquela espécie. De acordo com o Registro Mundial de Vida Marinha umas das suas maiores tarefas é “esclarecer por todo o tempo o nome válido para… espécies marinhas por pesquisadores futuros, recenseadores e educadores.”


Gráfico mostrando o índice no qual espécies de peixes marinhos tem sido formalmente descritos na literatura científica



Muitos nomes não é o único problema que o censo espera encontrar. “Decisões sobre as últimas poucas milhares de espécies a serem incluídas poderia ser difícil, já que algumas descrições são inadequadas ou faltam espécies,” explicou Dr. Ron O’Dor, um cientista do censo. “Especialista podem discordar da validade científica de uma entrada quando a evidência for controversa ou escassa.”



Essa empresa sem igual–considerado o maio projeto global de biologia marinha já realizado–seria impossível sem a Internet. “Tecnologias modernas permitem colaboração global imprecedentes para consolidar, validar e dar continuidade a mais de 250 anos de pesquisa nas diversas espécies que vivem em baixo das ondas,” Dr. Edward Vanden Berghe disse, que iniciou o Registro Mundial.



O Registro Mundial da Vida Marinha se descobre em boa companhia. Na verdade tanto o Registro e o Censo da Vida Marinha estão trabalhando com projetos similares como Especies2000, A Enciclopédia da Vida, e ZooBank para vriar locais para pesquisadores e educadores descobrirem informações autenticadas e atualizadas nas espécies totais do globo.


Lagosta de Madagascar:
Pesquisadores do Censo descobriram mais de 5300 novas espécies em potencial, do tamanho de zooplancton (1cm-1mm de comprimento) até uma lagosta gigante de Madagascar (4kg), Panulirus barbarae. As espécimes foram coletadas de Walters Shoals em Madagascar no Sudoeste do Oceano Índico a aproximadamente 720 km do sul de Madagascar e 1.100 km a leste de Durban, África do Sul. Eles foram primeiramente coletados por um pescador comercial de lagostas e chamou a atenção dos oficiais da Administração Marinha Costeira quando chegaram no porto.
Referência: Groeneveld, J.C., C.L. Griffiths, e A.P. Van Dalsen, 2006. Uma nova espécie de lagosta espinhoso, Panulirus barbarae (Decapoda, Palinuridae)de Walters Shoals em Madagascar. Crustaceana 79(7): 821-833.

Para muitos o Censu da Vida Marinha não pode ser rápido o suficiente. Espécies oceânicas são algumas das mais ameaçadas do mundo devido á variedade de fatores, incluindo mudança climática, colheita predatória, captura secundária, destruição de habitat, reprodução das algas, e poluição. Ilustrando essas ameaças, um relato recente na Conservação Biológica tem mostrado que populações de tubarões no Mediterrâneo declinou 97% em 200 anos enquanto outro estudo para o Instituto de Recursos Mundiais tem mostrado que reprodução de algas quadruplicaram em apenas quatorze anos.



Dr. Mark Costello, co-fundador do Registro Mundial para Espécies Marinhas, acredita que o novo censu terá um papel inestimável nas atividades de conservação: “Advertencias convincentes sobre o declinio de peixes e outras espécies marinhas devem estar em u censo válido. Esse projeto irá melhorar informações vitais para os pesquisadores que investigam a pesca, espécies invasivas, especies ameaçadas e ecossistema marinho em funcionamento, bem como para os educadores.”





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