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O Brasil assina acordo de etanol sustentável com a Suécia

O Brasil assina acordo de etanol sustentável com a Suécia

O Brasil assina acordo de etanol sustentável com a Suécia
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
14 de Julho, 2008





Um grupo brasileiro de produtores de etanol assinou um primeiro acordo para exportar etanol sustentável certificado, relata Reuters.



Quatro firmas — Cosan, Guarani, NovAmerica e Alcoeste — venderá 115 milhões de litros de etanol de anidro certificado para atender a certos padrões sociais e ambientais. O comprador, Sekab da Suécia, disse que o acordo é uma resposta à preocupações dos consumidores sobre a sustentabilidade do etanol da cana de açúcar.



“Tem havido muitos artigos sobre trabalho escravo no Brasil e também questões ecológicas, desflorestamento da floresta úmidas, poluição local… Estamos nesse ramo de negócio e sabemos que muitos artigos são exagerados, alguns são falsos,” Anders Fredikson, vice-presidente da Sekab, disse a Reuters. “Mas o público em geral (na Suécia) não sabe em que acreditar e compra biocombustivel por razões éticas… então é importante assegurar sua sustentabilidade.”



Fredikson disse que o etanol sustentável resultará em emissões reduzidas de dióxido de carbono ao menos por 85 por cento relativo ao petróleo convencional.



Moinhos Brasileiros receberão um prêmio de 5 a 10 por cento de produto certificado, que não pode ser produzido usando crianças ou trabalho escravo e deve atender a certos padrões ambientais. Um auditor independente irá monitorar a performance.



O anúncio vem como parte de um movimento mais amplo por parte de firmas brasileiras para impulsionar esquemas de certificação como um caminho para opor às criticas de grupos ativistas. Produtores de carnes e a industria de soja tem recentemente lançado iniciativas similares.



O etanol da cana de açucar brasileiro é atualmente o biocombustivel mais eficientemente produzido do mundo, rendendo 5.5 vezes tanta energia por unidade de entrada comparada com o etanol de milho Americano. Com um custo de produção menor que um terço do custo da gasolina convencional, quase oito de cada dez novos carros vendidos no Brasil são flex—capazes de rodar tanto com mistura de gasolina com etanol (“gasohol”) ou bioetanol. O Brasil tem efetivamente substituido 26 por cento de sua gasolina com combustivel baseado na cana de açucar cultivado em 5 por cento de sua área de colheita.



Não obstante, a industria tem as vezes sido o alvo de campanhas de Ongs que alegam abusos de trabalho e práticas ambientais questionáveis, incluindo a queima de campos de cana, esgotamento da água e poluição, e deslocamento de lavradores e rancheiros em áreas ecologicamente mais sensíveis, como a Floresta Amazônica. O novo acordo procura aliviar essas preocupações rastreando o desempenho ambiental da produção.





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