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Novas descobertas sobre mudanças passadas nas florestas pode ajudar a predizer as futuras florestas em uma mudança climática

Novas descobertas sobre mudanças passadas nas florestas podem ajudar a predizer as futuras florestas em uma mudança climática

Novas descobertas sobre mudanças passadas nas florestas pode ajudar a predizer as futuras florestas em uma mudança climática
Jeremy Hance, pt.mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
2 de Julho, 2008





Não há método melhor para entender o futuro do que olhar para o passado. Alguns novos estudos da história glacial da Terra estão transformando a maneira que os cientistas olham o comportamento das árvores durante extremas mudanças no clima. Os cientistas Remj Petit, Feng Sheng Hu, e Christopher Dick descreverem tais mudanças na relação com o atual aquecimento global na nova questão do jornal Science. Eles já relatam isso ”
em algumas partes do mudno, espécies de árvores começaram a modificar suas distribuições em resposta ao aquecimento climátco antropogenico”, então aumentando a compreensão de como as espécies de árvores irão se adaptar à mudanças que virão.



Os cientistas tem há muito acreditado que as espécies de árvores devem ou abrandar durante a mudança climática ou enfrentar a extinção. No entanto, novas pesquisas com fósseis tem mostrado que algumas populações de árvores sobreviveram à mudanças catastróficas em suas temperaturas: evidência de pequenas árvores que permaneceram foram encontradas apenas dezenas de quilometros de camadas de gelo enquanto outras foram descobertas em terra aberta no norte de gelo existente durante períodos glaciais. “Assim, parece que pequenas populações de árvores podem resistir a condições climáticas extremas por dezenas de milhares de anos,” escrevem os cientistas.



Contudo, os trabalhos apontam que as árvores parecem ser mais apropriadas para sobreviver a temperaturas congelantes do que quentes. Extinção em massa é certamente possível, como aponta o trabalho 89 generos de árvores se tornara extintos na Europa logo antes do início do período Quaternário. Usando fóssil e estudos de DNA, os cientists foram capazes de determinar que duas árvores decíduas norte-americanas tinham a capacidade de migrar cerca de 100 metros por ano para sobreviver em uma mudança climática. Mas isso não será suficientemente rápido se as previsões do aquecimento global forem precisas: tais árvores teriam de se mover 3.000-5.000 metros. Essas descobertas “[aumentam] interesse nas possibilidades de ‘migração assistida’—a translocação de populações para áreas onde o futuro clima poderia ser favorável”.



Nova pesquisa genetica tem mostrado a habilidade das árvores de se dispersar em amplas extensões. Era acreditado que árvores ficam para sempre presas em seu continente, mas nova pesquisa tem mostrado que 13.000 anos atrás uma espécie de árvore kapok migrou através do Oceano Atlantico dos Neotropicos até a Africa. Outras árvores foram para o caminho oposto. Um estudo no Equador descobriu que 21 por cento das espécies em um certo ponto vieram de dispersão por longas distâncias, possivelmente Africa, América do Norte, Caribe, ou outro lugar. Tais estudos permitem os cientistas compreender melhor como novas espécies invasivas poderiam ir parar em lugares distantes durante a mudança climática.



Enquanto essas novas descobertas estão mudando fundamentalmente o modo como os cientistas enxergam o passado e o presente–eles avisam que tais descobertas não são claras janelas para o futuro. A pesquisa “não pode oferecer um guia direto para o que podemos tem em estoque para o futuro porque as combinações de clima e outros condutores (e.g., uso humano da terra) diferem drasticamente entre o passado e o futuro,” no entanto elas ” fornecem uma maneira de examinar o relacionamento de espécies no clima fora do reino moderno e poderiam ajudar a validar modelos ecológicos para simular mudanças futuras”.



Rémy J. Petit, Feng Sheng Hu, e Christopher W. Dick (2008). Florestas do Passado: Uma Janela para Mudanças do Futuro. 13 JUNHO 2008 VOL 320 SCIENCE


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