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Florestas úmidas enfrentam um grande número de ameaças emergentes

Ameaças emergentes ás florestas úmidas

Florestas úmidas enfrentam um grande número de ameaças emergentes
Rhett Butler, pt.mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
2 de Julho, 2008






Florestas tropicais enfrentam um número de ameaças emergentes disse um biólogo líder que falava em uma conferência científica em Paramaribo, Suriname.



William F. Laurance, um pesquisador do Centro de Pesquisas Tropicais Smithsonian (STRI), disse ao encontro anual da Associação para Biologia Tropical e Conservação (ATBC) que os condutores industriais do desflorestamento tem crescido substancialmente nas ultimas duas décadas abastecidas pelo alto consumo, globalização, e outras forças macroeconomicas. Fazendeiros pobres são responsáveis por uma proporção cada vez menor de terra-desmatamento nos trópicos.



Usando a Amazônia Brasileira como um exemplo, Laurance disse que a expansão de ranchos de gado em larga escala e fazendas industriais de soja — uma resposta para os altos preços das matérias primas e estabilidade financeira melhorada no Brasil — está provendo um ímpero economico para a construção de estradas e outros projetos de infraestrutura que promovem especulação de terra, colonização, extração de madeira, e expansão agrícola. Ele observou que o desflorestamento per-capita “acelerou agudamente” na região nos últimos anos e que os condutores industriais da conversão das florestas irão aumentar conforme a saída global se expande de três- a seis-vezes até 2050.



Laurance é também editor da Emerging Threats to Tropical Forests. Liberada em 1º de Outubro, 2006, o livro fala sobre a ameaça que paira sobre os mais diversos ecossistemas do mundo.

Laurance disse que a emergência da China como uma economia superpoderosa é impactante sobre a cobertura florestal nos trópicos através da demanda por materiais brutos. Por exemplo, Laurance mencionou as figuras que mostram que metade de toda madeira embarcada de qualquer qualquer lugar do mundo vai para China. A maioria dessa madeira está sob a forma de toras não cortadas, tornando difícil aos países tropicais construirem industrias baseadas em produtos com valor acrescentado. A China então converte essa madeira em móveis que são embarcados para mercados estrangeiros. Laurance disse que a China não está particularmente preocupada se a madeira é extraída legalmente ou sustentavelmente.



Laurance também indicou outras ameaças emergentes às florestas tropicais incluindo o explosivo crescimento de biocombustíveis, que causa pressão agrícola exagerada nas terras florestais para palma de óleo, soja e cana de açucar; rapido crescimento populacional nos países desenvolvidos; patogenias emergentes como a doença Chytrid que exterminou populações de amfíbios ao redor do mundo; mudanças climaticas e atmosfericas que especialmente ameaçam espécies térmicas especialistas; e sinergias ambientais como a interação entre a fragmentação e o fogo na Amazônia e ligações entre a caça e extração de madeira na Africa Central.



Laurance concluiu dicutindo muitas pesquisas chave desafiadoras para os cientistas que trabalham nas questoes das florestas tropicais. Como a perda massiva de florestas de antigo crescimento irá afetar a biodiversidade tropical? São as florestas intactas uma fonte ou estoque de carbono? Como o clima afetará as florestas tropicais? Pode o comércio de carbono promover a conservation em larga escala da floresta? E quais “desconehcidos” estão espreitando lá fora?



Laurance disse que apesar do numero de ameaças ele está otimista que a perda florestal global pode ser diminuida. Ele incitou cientistas a manterem-se informados sobre as mudanças que ocorrem nas florestas tropicais.






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