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Boas notícias para os recifes: estrutura de cora giganes encontrado fora do Brasil

Raras boas notícias para os corais cercados: Recife gigante encontrado fora do Brasil

Boas notícias para os recifes: estrutura de cora giganes encontrado fora do Brasil
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
20 de Julho, 2008





Entre uma série de relatórios extremos sobre o status dos recifes de corais, cientistas anunciaram a descoberta de um recife fora da costa sul da Bahia no Brasil que tem o dobro do tamanho do maior e mais rico sistema de recife do Sul do Oceano Atlantico, Abrolhos.



A descoberta foi relatada em um trabalho apresentado hoje por pesquisadores da Conservação Internacional (CI), Universidade Federal do Espírito Santo e Universidade Federal da Bahia no Simpósio Internacional de Recifes de Coral em Fort Lauderdale, Florida.



“Tinhamos algumas pistas de pescadores locais de que outros recifes existiam, mas não na escala que descobrimos,” diz Rodrigo de Moura, um especialista marinho com a CI-Brasil e co-autor do trabalho. “É muito animador e altamente incomum descobrir uma estrutura de recife desse tamanho e abrigando tal abundância de peixes.”



Os cientistas usaram um sonar lateral — que produz um mapa tridimensional do solo marinho — para mapear a nova estrutura em águas de nove a 124 milhas (15 a 200 km) fora da costa e em profundidades de 60 a 220 pés (20 a 73 metros).



Um relatório liberado ontem pela Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (NOAA) mostra que cerca de metade dos recifes de corais dos Estados Unidos estão em “pobres” ou “parcas” condições. A imagem mostra a visão oeste da Ilha de Siriba. Foto por Charles Young.

“Devido à relativa inacessibilidade e profundidade deles, os recentemente descobertos recifes estão proliferando a vida, em alguns lugares abrigando 30 vezes a densidade da vida marinha do que os recifes conhecidos,” disse Guilherme Dutra, diretor de programas marinhos da Conservação Internacional no Brasil. “Essa é a boa notícia. A má é que apenas uma pequena porcentagem de habitats marinhos em Abrolhos são protegidos, apesar das ameaças locais e globais.”



Ameaças localizadas incluem pesca predatória, desenvolvimento da costa e larga escala de conversão para a agricultura, cultivo de camarões, poluição, exploração do petróleo e sedimentação. Ameaças globais incluem a mudança climática e a acidificação dos oceanos.



Os recifes de corais estão cercados por muitas ameaças incluindo o desenvolviemnto da costa, pesca predatória, sedimentação, poluição, coleta predatória para o comércio de pets, desenvolvimento de óleo e gás, e uso abusivo de atividades recreacionais. Em escala global, os recifes estão vulneráveis à alta das temperaturas, que causam descoramento, e acidificação dos oceanos, que causa mudanças nas comunidades de recifes tornando mais dificil para alguns corais formarem esqueletos carbonados que servem como suas bases sstruturais.



O novo estudo urge a expansão de áreas marinhas protegidas em Abrolhos.





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