A silvicultura terá um papel crítico na desaceleração do aquecimento global
A slvicultura terá um papel crítico na desaceleração do aquecimento global
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Traduzido por Marcela V.M. Mendes
2 de Julho, 2008
Enquanto reduzir o desflorestamento e a degradação da floresta iria pagar grandes dividendos no combate contra a mudança climática global eliminando até um quinto das emissões de gases de efeito estufa, outros mecanismos podem também aumentar a capacidade das florestas de sequestrar carbono da atmosfera, mostram pesquisadores na discussão dessa semana do jornal Science.
Além de reduzir as emissões do desflorestamento e e da degradação — um conceito tem ganhado simpatia dos conservacionistas e economistas — Josep Canadell e Michael Raupach do CSIRO, Projeto Carbono Global sugerem três estratégias para abrandar as emissões de carbono através de atividades silviculas: aumentando áreas de terras florestadas através do reflorestamento, sustentando a densidade de carbono de florestas existentes, e expandindo o uso de produtos florestais que repõem sustentavelmente emissões de combustível fósseis.
“A florestas atualmente absorvem bilhões de toneladas de CO2 globalmente todo ano, um subsídio economico que vale centenas de bilhoes de dolares se um equivalente tivesse que ser criado de outras maneiras,” escrevem os autores. “Preocupações sobre a permanência dos estoques de carbono nas florestas, dificuldades em quantificar mudanças nesse estoque, e a ameaça de impactos ambientais e socioeconomicos em programas de reflorestamento em larga-escala tem limitado a compreensao de atividades silviculas em políticas climáticas [mas] com vontade política e o envolvimento de regiões tropicais, as floresta podem contribuir para uma proteção de mudança climática através de sequestro de carbono bem como oferecendo beneficios economicos, ambientais e socioculturais.”
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Observando que 13 milhoes de hectares de floresta são derrubados a cada ano, liberando 1.5 bilhoes de toneladas de carbono, Canadell e Raupach escrevem que reduzindo as taxas de desflorestamento em 50 por cento até 2050 e acabando com o desflorestamento quando países alcançarem 50 por cento de suas atuais areas florestadas evitariam emissoes equivalentes a 50 bilhões de toneladas de carbon.
“Essa estimativa ’50:50:50:50′ mostra que até com o desflorestamento contínuo nos próximos 40 anos, o abrandamento potentcal é grande, além de proteger a capacidade da floresta de remoção contínua de CO2 atmosférico.”
Enquanto houver desafios com o governo, Canadell e Raupach dizem que a sustentabilidade deveria ser um prncípio que guia a silvicultura.
“Silvicultura e reflorestamento e particular— como qualquer transformação em larga escala de padrões no uso de terra—pode levar a imapctos ambientais e socioeconomicos
não pretendidos que poderiam pôr em perigo o valor total de projetos de abrandamento de carbono,” eles escrevem. “No entanto, projetos de sequestro de carbono bem direcionados, junto com a provisão de madeira produzida sustentavelmente, fibra, e energia, renderá numerosos benefícios, incluindo
renda adicional para desenvolvimento rural, prospectos para conservação e outros serviços ambientais, e apoio para comunidades indígenas… Princípios de sustentabilidade devem governar a resolução de trocas que podem surgir de efeitos auxiliares para maximizar simultaneamente proteção a mudança climática e desenvolvimento sustentável.”
Josep Canadell e Michael Raupach (2008). Gerenciando Florestas para Abrandamento de Mudança Climática. 13 JUNHO 2008 VOL 320 SCIENCE