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A perda de gelo nos oceanos pode triplicar o aquecimento sobre o norte do Alaska, Canada, e Russia

A perda de gelo nos oceanos pode triplicar o aquecimento sobre o norte do Alaska, Canada, e Russia

A perda de gelo nos oceanos pode triplicar o aquecimento sobre o norte do Alaska, Canada, e Russia
pt.mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
2 de Julho, 2008





O rápido declínio do gelo Ártico poderialevar ao rápido aquecimento do norte do Alaska, Canada, e Russia impulsionando o degelo das calotas e a liberação de gases de efeito estufa dos solos congelados, relata um novo estudo publicaddo no Geophysical Research Letters.



“Nosso estudo sugere que, se o gelo dos oceanos continuarem a se contrair rapidamente nos próximos anos, o aquecimento das terras do Ártico e o degelo de calotas podem se acelerar,” disse o autor líder David Lawrence do Centro Nacional para Pesquisas Atmosféricas (NCAR).



A pesquisa, financiada pelo Deparatamento de Energia dos Estados Unidos e pela Fundação Nacional de Ciencia, deu atenção à incomum baixa extensão dos gelos oceanos no verão passado — mais de 30 por cento abaixo da média — e temperaturas de terra mais quentes — mais de 2 graus C acima da média de 1978-2006 — foi relatado. Usando modelos de computador para simular os efeitos da rápida perda de gelo oceanico, os pesquisadores descobriram que a terra ártica se aquece em uma taxa de 3.5 vezes maior que a média das taxas do século XXI previstas no modelos global climático. O aquecimento, que é mais pronunciado sobre os oceanos, pode se extender até 900 milhas em terra. As descobertas sugerem que as temperaturas de outono — quando a extensão de gelo nos mares está mais baixa — poderia aumentar até 9 graus F (5 graus C) ao longo da costa do Ártico, da Russia, Alaska, e Canadá durante eventos de perda de gelo nos oceanos.



Aquecimento acelerado do Ártico. Estimulações pelos modelos climáticos globais mostram que quando o gelo dos oceanos está em rápido declínio, a taxa de aquecimento previsto para o Ártico sobre o continente pode mais que triplicar. A imagem à esquerda mostra tendências simuladas de temperatura no outono durante períodos de ráopida perda de gelo oceânico, que pode durar por 5 a 10 anos. O sinal de aquecimento acelerado (que vai do vermleho ao vermelho escuro) alcança quase 1.000 milhas em terra. Em contraste, a imagem à direita mostra taxas de aquecimento comparativamente menores mais ainda assim substanciais com quantidades crescentes de gases de efeito estufa na atmosfera e retração moderada nos gelos oceânicos que é esperado durante o século XXI. A maioria de outras partes do globo ( em branco) ainda experimentam o aquecimento, mas em uma taxa menor de menos de 1 grau Fahrenheit (0.5 Celsius) por década.

O aumento nas temperaturas poderia levar ao aquecimento rápido do solo e a situação onde “o calor do verão se extende mais produndamente do que o frio do próximo inverno,” de acordo com uma afirmação do NCAR. Tais condições podem produzir uma camada não congelada, “uma camada de solo desscongelado permanentemente prensado entre a camada sazonalmente congelada acima e a camada perenialmente congelada abaixo. Uma camada não congelada permite o calor construir mais rapidamente no solo, apressando o descongelamento a longo prazo.”



O derretimento da camada de gelo — estimada conter um terço do carbono global no solo — poderia contribuir futuramente para aquecer liberando quantidades massivas de carbono para a atmosfera. O derretimento traria outras mudanças também, adverte Lawrence.



“Uma questão importante não resolvida é como o delicado equilibrio de vida no Ártico responderá a rápido aquecimento,” ele disse. “Veremos, por exemplo, erosão acelerada da costa, ou emissões elevadas de metano, ou inversão rápida de arbustos em regiões de tundra se o gelo dos oceanos continuarem a retrair rapidamente?”



David Lawrence, Andrew Slater, Robert Tomas, Marika Holland, e Clara Deser (2008). Aquecimento acelerado de terras do Ártico e degradação de camadas de gelo durante rápida perda de gelo nos oceanos. Geophysical Research Letters, 13 de Junho, 2008


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