O público decide o valor de espécies ameaçadas baseado na aparência e não na ciência
A beleza determina se o publico vai apoiar salvar as espécies da extinção
Jeremy Hance, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
20 de Julho, 2008
|
Quanto você apgaria para previnir a extinção da baleia humpback? O panda gigante? Ou que tal o pica-pau de crista vermelha, o peixe listrado, ou a raposa d´água? Com financiamento limitado e ameaças crescentes às espécies, deveriam essas decisões serem tomadas baseadas na popularidade, na utilidade percebida, ou na ecologia?
Durante os anos, numerosos estudos fram feitos com o público para descobrir o quanto eles estão desejando pagar para conservar especies em particular. Combinando 60 estudos em meta-análise, Dr. Berta Martin descobriu que o publico coloca a maior importancia na atração das espécies. Em segundo a esta é a utilidade da espécie para a sociedade humana (a saber para a caça e para o turismo). Essas são seguidos ultimo pelo raciocínio científico, por exemplo o nivel de ameaça da espécie, o papel dela no ecossistema, e outros fatores. No entanto, o olhar compreensivo sobre o desejo da sociedade de pagar pela conservação também mostrou que quanto mais informado é o público, mais importantes as considerações científicas –do que as antropomorficas–se tornam.
Martin diz que o tamanho dos olhos das espécies provaram ser a medida mais importante de atração para os humanos e portanto o melhor previsor se o público pagaria ou não por sua conservação.
Uma espécie neoténica: o macaco esquilo |
O valor econômico para a conservação da biodiversidade é em sua maioria explicado pelo tamanho dos olhos das espécies que é um indicador de prematuridade. Os humanos tendem a conservar aqueles animais com caracteristicas aparente de prematuridade, tais como cabeça relativamente grande e olhos grandes.” explicou Martin.
A prematuridade significa a persistencia das caracteristicas juvenis em animais adultos, nesse caso se traduz no que o publico geralmente classifica como ‘fofo’. Martin planeja verificar essa conexão em relação ao foco de conservação em um futuro estudo.
Os animais que trouxeram ganhos econômicos ou forneceram diversão esportiva marcaram mais pontos que outras espécies. No entanto, um fator que poderia condenar uma espécie no olhar do público foi a percepção de que as especies causaram perda economica. Por exemplo, se foi predadora do gado. Causar perda economica provou ser bem mais importante que a habilidade das espécies de prover ganhos economicos através da pesca, caça ou turismo.
Apesar do público ter colocado razões científicas por último, Martin também descobriu que quando informados sobre o nível de ameaça da espécie e/ou a importancia dela para as pessoas de um ecossistema, as pessoas mudam suas opiniões a respeito do real valor daa espécie. O trabalho aponta que há um caminho para alcançar tal educação: “Implementar valor contingente para a biodiversidade é uma tarefa difícil porque o público tem baixo nível de compreensão do que é biodiversidade e por que isso é importante.”
Martin acredita que uma boa consciência sobre a importancia da biodiversidade é a chave para a criação de uma sociedade melhor orientada em relação a conservação. Ele afirma que tal consciência poder ser cultivada através da educação, turismo, tradições culturais, e programas onde a biodiversidade é tratada como um serviço do ecossistema para pessoas locais. No entanto, Martin adverte que “mais e mais há um grande espaço entre as pessoas e a natureza… os humanos estão perdendo o contato com a natureza. Miller (James R. Miller) chamou isso de ‘extinção da experiencia’.”
A meta-análise de Martin inclui 50 espécies. Mais da metade foi estudada nos EUA devido à prevalência de tais pesquisas que estavam sendo conduzidas lá, mas as espécies da Europa, Canadá, Austrália, e Sri Lanka também foram incluidas. Mais da metade das espéices eram mamíferos, com pássaros e peixes contribuindo com 40 por centot. Apenas um réptil e um invertebrado foram incluidos no estudo.