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Uso de cocaína está destruindo a Amazônia

Uso de cocaína está destruindo a Floresta Amazônica, diz nova campanha

Uso de cocaína está destruindo a Amazônia
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
20 de Junho, 2008





Uma nova campanha ligou o consumo de cocaína na Europa e nos Estados Unidos à destruição da Floresta Amazônica na Colômbia.



A “Responsabilidade Compartilhada”, uma iniciativa conjunta do governos Britânico e Colombiano, caracteriza uma coleção de fotografias mostrando a destruição da floresta úmida pelas plantações de coca, o ingrediente cru usado na produção de cocaína.



A produção de cocaína destrói a floresta úmida



Em um discurso em Londres no lançamento da iniciativa, Francisco Santos, Vice Presidente da Colômbia, disse que cada grama de cocaina consumida “destrói quatro metros quadrados de floresta.”



Desflorestamento na Amazônia Colombiana – foto por Rhett A. Butler.

A campanha estima que 2.2 milhões de hectares de floresta tem sido desmatada para a produção de cocaina na Colômbia. A poluição da produção — querosene, ácido sulfúrico, acetona, e carboneto que são usados para processar as folhas — sujam as vias navegáveis enquanto grupos armados que operam nas áreas florestais dizimaram a vida selvagem.



“O preço real da cocaína não é apenas entre as comunidades e nas ruas aqui, mas nas ruas e comunidades da Colômbia,” Vernon Coaker, Ministro Britânico da Casa Civil disse á Reuters.



A erradicação da Coca também tem seu preço



Os esforços anti-drogas também prejudicaram áreas ecologicamente sensíveis na Colômbia.



A Colômbia tem há muito tempo travado luta contra o abastecimento de cocaína em suas regiçoes mais remotas. Num esforço para destruir a fonte de renda do chefe dos rebeldes, o governo colombiano alvejou campos de coca com pulverização área de herbicidas. A coca provê o ingrediente- chave para a cocaína e sua erradicação é parte fundamental da guerra apoiada pelos Estados Unidos contra as drogas.



Muito das drogas da Colombia é crescida por fazendeiros pobres porque ela gera mais renda que qualquer outra plantação. Tipicamente, os fazendeiros convertem a planta em pasta de coca e vendem-na para grupos — incluindo paramilitares e rebeldes colombianos — que refinam a pasta em cocaína e exportam o narcótico para mercados como Estados Unidos, Europa, e cada vez mais, o Brasil.



Os esforços de erradicação da droga tem se concentrado em programas de pulverização aérea onde herbicidas (uma mistura que inclui o Roundup da Corporação Monsanto e o Cosmo-Flux 411F) são jogados de aviões sobre a vegetação suspeita. Já que o engendro é um herbicida não seletivo, a vegetação ao redor — incluindo plantações de subsistencia e plantas nativas — são mortas também. Ambientalistas, grupos de direitos indigenas, e até mesmo o governo do Equador reclamaram que a pulverização de herbicidas poderia colocar em ameaça a saúde da população local bem como prejudicar o meio ambiente. Relatórios locais sugerem que os fazendeiros frequentemente replantam as sementes de coca logo após a pulverização, tornando a ação inútil.



Em 2005 um relatório do escritório da Casa Branca de Políticas de Controle Nacional de Drogas mostrou que uma pulverização aérea massiva ofensiva em 2004 fracassou em reduzir a área de coca sob cultivo na Colombia. Os esforços de erradicação de droga no país tem resultado ultimamente no deslocamento da produção de coca em larga escala para dentro das florestas do estado de Chocó um ponto de biodiversidade no noroeste da Colombia.






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