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Os pigmeus do Congo usam GPS para mapear concessões de madeira eco-certificadas

Os pigmeus do Congo usam GPS para mapear concessões de madeira eco-certificadas

Os pigmeus do Congo usam GPS para mapear concessões de madeira eco-certificadas
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
20 de Junho, 2008





Madeireiros têm formado equipes como os pigmeus nativos para estabelecer o maior esquema de todos de extração eco-certificada.



A porção da floresta de 750.000-hectares, localizada na Republica do Congo, é certificada pelo Conselho de Intendência da Floresta (FSC), um sistema que pretendo assegurar a extração ambientalmente responsável.



A concessão é operada pela Congolaise Industrielle des Bois (CIB), uma subsidiária do Grupo DLH, uma firma de produtos de madeira sediada na Dinamarca.



“A produção de madeira não tem que ser sinônimo de destruição de florestas tropicais,” disse Scott Poynton, diretor executivo da Tropical Forest Trust (TFT), uma Ong que trabalha com a industria para reduzir seu impacto nas florestas. “O que esperamos demonstrar com nosso trabalho no Congo e em outros lugares é que existem recompensas para as empresas que fazem as coisas da maneira correta. Agora é com o mercado consumidor para responder a esse aumento em disponibilidade para os produtos do FSC e escolher produtos produzidos de forma sustentável ao invés daqueles de origem duvdosa.”


O CIB diz que a TFT tem fornecido conselho técnico e orientação sobre gerenciamento sustentável da floresta. Ele diz que a parceria tem “largamente se concentrado no desenvolvimento de novas técnicas para consulta, resolução de conflitos e compartilhamento de benefícios com os povos indígenas que vivem através da concessão da floresta.”



Como parte do esforço, TFT treinou os Pigmeus, moradores da floresta no mapeamento do GPS.



“Usando unidades do Sistema Global Posicionado (GPS) designadas para pessoas não letradas, os pigmeus semi-nômades que vivem dentro da concessão da floresta, andarem por suas florestas e localizarem recursos ou áreas de significância,” afirmava uma declaração emitida pela parceria. “Por exemplo, numa grande árvore de Sapelli com suas lagartas comestíveis, ou uma área importante para coleta de plantas medicinais, eles simplesmente selecionam o ícone apropriado no GPS e gravam a localização. Essas informações formam a base para os mapas de recurso, que fazem a ponte de comunicação entre os povos na floresta e a empresa, e possibilita assim uma negociação mais justa.”



O CIB diz que além dos Pigmeus e uma comunidade de mais de 15.000 pessoas, a concessão da floresta apoia uma diversidade de espécies ameaçadas de grandes mamíferos incluindo elefantes, chimpanzés e gorilas.



Enquanto a CIB afirma que a “aplicação dos princípios do FSC assegura que a floresta continuará a sustentar a biodiversidade da qual as pessoas e os animais dependem”, alguns ambientalista criticaram recentemente a FSC por falhar consistentemente ao segurar companhias aos seus padrões determinados de certificação. Ano passado o FSC foi forçado a fornecer certificação para a Asia Pulp & Paper após uma investigação pelo Wall Street Journal revealar praticas danosas de extração de madeira pelos gigantes da madeira.






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