Os níveis de dióxido de carbono atingem o mais alto índice em 800.000 anos
Os niveis de dióxido de carbono atingem o mais alto índice em 800.000 anos
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Traduzido por Marcela V.M. Mendes
20 de Junho, 2008
Os gases de efeito estufa estão nos mais altos níveis nos últimos 800.000 anos de acordo com um estudo publicado no jornal Nature.
Analizando gases de dióxido de carbono e metano presos em pequeninas bolhas de ar em até 10.000 pés acima da superfície do Continente Antártico, uma equipe internacional de pesquisadores estenderam o recorde de 650.000 anos para outros 150.000 anos.
O estudo também descobriu um novo ponto baixo para a concetração atmosférica de dioxido de carbono: 172 partes por milhões (ppm) há 667.000 anos atrás, cerca de 10 ppm abaixo do conhecido ponto baixo anterior.
A pesquisa sugere que uma escala natural de níveis de CO2 de 172 a 300 ppm, emprestando suporte para a crença de que emissões industriais de gases de efeito estufa empurraram os níveis de dióxido de carbono para fora de sua recente escala histórica.
O aumento global 2007 de concentrações de dióxido de carbono (CO2) está amarrado com o ano de 2005 como a terceira maior desde que as mensurações atmosféricas começaram em 1958. A linha vermelha mostra a tendência junto com as variações cíclicas. A linha preta indica a tendência que emerge quando o ciclo foi removido. (Credit: NOAA) |
Os niveis de dióxido de carbono atualmente estão em 385 ppm, ou cerca de 38 por cento maior que os níveis pré-industriais, de acordo com a NOAA.
O Painel Intergovernamental em Mudança Climática (IPCC) projeta que esses niveis atmosféricos de dióxido de carbono alcançariam 450-550 ppm até 2050, resultando em temperaturas mais elevadas e aumento do nivel do mar.
Ambientalistas recentemente lançaram uma campanha com alvo nas concentrações global de CO2 de 350 ppm, um nível que eles dizem que irá evitar os piores impactos do aquecimento global.
A concentração de carbono de alta resolução registram 650.000-800.000 anos do presente. Dieter Lüthi, Martine Le Floch, Bernhard Bereiter, Thomas Blunier, Jean-Marc Barnola, Urs Siegenthaler, Dominique Raynaud, Jean Jouzel, Hubertus Fischer, Kenji Kawamura & Thomas F. Stocker. Nature 453, 379-382 (15 May 2008) doi:10.1038/nature06949