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50 espécies descobertas por dia em 2006

16.969 espécies descobertas em 2006

50 espécies descobertas por dia em 2006
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
20 de Junho, 2008





16.969 espécies foram descobertas em 2006 de acordo com um relatório compilado pelo Instituto Internacional de Exploração de Espécies da Universidade do Estado do Arizona, a Comissão Internacional em Nomenclatura Zoológica, Índice Internacional de Nomes de Plantas, e Thompson Scientific.



Os autores dizem que o relatório, entitulado Estado de Espécies Observadas, é um “cartão de relatório sobre conhecimento humano das espécies da Terra.” Isso inclui uma lista das 10 espécies superiores descritas em 2007.



“O comitê internacional de especialistas em taxonomia que fizeram a seleção dos 10 principais das milhares de espécies descritas no calendário de 2007 estão ajudando a atrair atenção para a biodiversidade, o campo da taxonomia, e a importancia dos museus de história natural e jardins botânicos de uma maneira divertida,” disse o Professor Quentin Wheeler, um entomólogo e diretor do Instituto Internacional ASU para Exploração de Espécies.



Milípede dragão cor rosa-choque (Desmoxytes purpurosea) da Tailândia. De acordo com suas descobertas, essa coloração espalhafatosa do milipede “provavelmente indica para os predadores que ele não é comestível.” Cortesia do Instituto Internacional ASU para Exploração de Espécies.

“Vivemos em uma época excitante. Uma nova geração de ferramentas está vindo e irá acelerar o índice em que nós estamos aptos a descobrir e descrever as espécies,” ele continuou. “A maioria das pessoas não percebem quão incompleto nosso conhecimento sobre as espécies da Terra é ou o índice constante pelo qual os taxonomistas estão explorando a diversidade. Em 2006, por exemplo, uma média de quase 50 espécies por dia foram descobertas e nomeadas.”



Entre as espécies recentemente descritas para 2007: um raio ornamentado do preguiça, nomeado por causa do aspirador de pó Electrolux devido a seus habitos alimentares; um dinossauro gigante com bico de pato de 75-milhões de anos; um milípede rosa choque; uma rã agora extinta do Sri Lanka; uma cobra altamente venenosa da Austrália; um morcego que come frutas; um cogumelo europeu; uma água viva nomeada depois de sua vítima, um turista americano aparentemente morreu depois de ter sido atingido pela espécie enquanto nadava ; um carismático besouro da Amazônia; e a planta “Michelin Man” da Australia.



O morcego frugívoro de Mindoro de cara de listras (Styloctenium mindorensis) é encontrado apenas na ilha Filipina de Mindoro. Cortesia do Instituto Internacional ASU para Exploração de Espécies.

“Estamos rodeados por tal exuberância de diversidade de espécies que nós lhe tomamos como concedido. Fazendo um mapa das espécies do mundo e seus atributos únicos são partes essenciais da compreensão da história de vida e está em nosso próprio interesse pessoal conforme enfrentamos os desafios de viver num planeta em constante mudança,” Wheeler disse.



Algumas 1.8 milhões de espécies tem sido descritas, mas os cientistas estimam que existem entre 2 milhões e 100 milhões de espécies na Terra. Enquanto a maioria de espécies não descritas são organismos pequenos e apagados, a cada ano cientistas descobrem um punhado de mamíferos, pássaros, répteis e anfíbios.



Biólogos advertem que enquanto espécies são descobertas, outras são perdidas para a extinção. Muitos cientistas dizem que a Terra está atualmente no meio de uma grande sexta extinção, o Holocene. Diferente das extinções em massa do passado — o Ordovician, o Devonian, o Permian, o Triassico e o Cretaceo — o evento de extinção atual (o Antropocene) resulta diretamente de atividades humanas, incluindo destruição de habitats, exploração predatória, e a introdução de espécies estrangeiras para ambientes onde eles não ocorrem naturalmente. Os cientistas estimam que as taxas de extinção estão atualmente em 1.000-10.000 vezes a taxa do fndo histórico de cerca de 1 especie por milhão por ano. Eles acreditam que as taxas de extinção irão significantemente aumentar nos próximos anos, especialmente conforme os impactos da mudança climática intensifiquem.






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