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O ‘Rei da Soja’ diz que o desflorestamento da Amazônia poderia ajudar a crise global de alimentos

O’Rei da Soja’ diz que o desflorestamento da Amazônia poderia ajudar a salvar a crise global de alimentos

O ‘Rei da Soja’ diz que o desflorestamento da Amazônia poderia ajudar a crise global de alimentos
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
15 de Maio, 2008





Desmatar a Floresta Amazônica para cultivo de soja irá ajudar a endereçar a crise mundial de alimentos, disse Blairo Maggi, o governador do maior estado produtor de soja do Brasil, de acordo com o jornal Folha de Sao Paulo.



Em comentários publicados Sexta-feira, o Governador de Mato Grosso defendeu o recente impulso no desflorestamento da Floresta Amazônica.



“Com o agravamento da crise global de alimentos, está chegando a hora em que será inevitável discutir se nós preservamos o meio ambiente ou produzimos mais comida. Não há como produzir mais comida sem ocupar mais terras e derrubar mais árvores,” Maggi contou a Folha de Sao Paulo. “Neste momento de crise, o mundo precisa entender que o país tem espaço para aumentar sua produção.”


Conhecido como o “Rei da Soja” por suas extensas propriedades de soja e por muito tempo campeão do desenvolvimento agrícolat da Amazônia, Maggi tem sempre se encontrado em atrito com ambientalistas. Em 2005 o Greenpeace premiou o governador com a “Serra dourada” por ser “a pessoa brasileira que mais contribuiu para a destruição da Amazônia.”



Mais recentemente Maggi foi criticado pela escalada do desflorestamento em Mato Grosso. Informações de satélite brasileiro liberadas no inicio desse ano mostraram um notável aumento das queimadas e desmatamento da floresta no Mato Grosso e nas áreas vizinhas fronteira com o estado do Pará — no coração agrícola do Brasil — na segunda metade de 2007. O aumento tem sido atribuido ao aumento dos preços das matérias primas que criam incentivos para converter a floresta em terras agrícolas.



Ainda assim, oficiais do governo brasileiro mantém que a expansão agrícola não precisa ser as custas da Floresta Amazônica. Em Janeiro o Ministro Brasileiro da Agricultura Reinhold Stephanes contou a Reuters que fora da Amazônia, o Brasil tem 100 milhões de hectares de terra disponível para cultivo, incluindo 50 milhões de hectares de pastos degradados e 50 milhões de hectares de cerrado, um ecossistema de gramineas que fazem fronteira com a Floresta Amazonica.


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