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Novas curas para doenças humanas sob ameaça pela crise global da extinção

Novas curas para doenças humans sob ameaça pela crise global da extinção

Novas curas para doenças humanas sob ameaça pela crise global da extinção
Jeremy Hance, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
14 de Maio, 2008





No filme Medicine Man, um pesquisador na Amazônia descobre uma cura para o cancer em uma formiga rara. No entanto, uma companhia de madeira chega no momento errado e, apesar de todos os protestos dos personagens princiopais, a companhia destrói a área da floresta onde a formiga tinha sobrevivia em seu habitat.

Um novo livro Sustaining Life: Como a Vida Humana Depende da Biodiversidade prova que o filme de 1992 não está distante da realidade. O novo livro é o maior texto ainda relacionando a possibilidade de curas que já tem sido perdidas—e aquelas que estamos perdendo devido a crescente perda da biodiversidade global. O livro inclui escritos de mais de cem cientistas, incluindo uma introdução de E.O. Wilson e um prólogo por Kofi Annan.

“Enquanto a extinção é alarmante, esse livro demonstra que muitas espécies podem ajudar a salvar vidas humanas,” explica Jeffrey McNeely, co-autor do livro. “Se nós precisavamos de mais justificativas para agir no sentido de conservar as espécies, este livro oferece d[uzias de exemplos dramáticos de ambos por que e como os cidadãos podem agir de maneiras que irão conservar, ao invés de destruir, as especies que enriquecem nossas vidas.”

Uma vez reunidos aos milhares nas cachoeiras do Kihansi Gorge da Tanzania, a população de Sapo Kihansi Spray agora está em menos de 200 indivíduos. A apressada construção de uma represa desesperadamente necessária, construida com boas intenções pelo Banco Mundial, relegou essa espécie ao limite da existência. Agora na beira da extinção, os cientists estão correndo para estudar o anfíbio para componentes bioativos. Foto por Rhett A. Butler.

A rã gastrica da floresta australiana é apenas um exemplo. Seu estilo unico de reprodução pode ter fornecido novas curas para tratar ulceras pepticas em seres humanos. A rã criava seu filhote em seu estomago; para sobreviver os bebês rãs produziam uma substância que abrandava os acidos e secreções de enzimas, e impediam suas mães de digerir seus bebês nos seus intestino. Infelizmente as duas espécies de rã gástricas foram extintas nos anos 80, e com elas a possibilidade da cura.

A rã gástrica é apenas um exemplo de vários. Anfibios estão entre os animais mais ameaçados do mundo—eles estão morrendo em grande numero devido a perda de habitat, poluentes, mudança climática, e fungo de chytrid (uma doença única entre os anfíbios). Ainda os anfibios são conhecidos entre os pesquisadores médicos pelas secreções únicas que eles produzem. Os pesquisadores enxergam a possibilidade em anfíbios para melhor tratamento de doenças do coração e pressão alta, analgésicos mais potentes, novos antibioticos, e até mesmo melhores maneiras de preservar os orgãos antes de transplantar. Não apenas estão os anfíbios ameaçados no mundo inteiro, como há provavelmente inúmeras espécies de anfíbios que não foram descobertas pelos cientistas—muitas das quais podem ter ido embora antes de terem a chance de serem descobertas e estudadas.

Enquanto ursos estão ameaçados pela perda de habitat, eles também enfrentam um grande mercado asiático ávido por partes de seu corpo como remédios populares para várias doenças. Atualmente, seis ursos estão ameaçados de extinção. Já estudar ursos deu aos seres humanos o ácido rsodeoxycholic; ele tem uma variedade de usos, incluindo prevenir a bile durante a gestação e dissolver cálculos biliares. Contudo os cientistas vêm mais potencial em espécies de ursos: a habilidade deles em hibernate pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para osteoporose, diabete, e doenças renais.


Foto Crédito: Rob Stewart/Sharkwater. Imagem fornecida por Oceana.

Tubarões são ameaçados igualmente em todo o mundo, mais por causa da captura secundária e pesca direta de tubarões por sua carne. A soá de tubarão-aleta é especialmente popular na Asia. No entanto eles são um dos grupos mais velhos do mundo, habitando mares por mais de 400 milhões de anos, algumas espécies de tubarões declinaram até 75 por cento em apenas quinze anoss. Contudo os tubarões podem ter a resposta para muitas curas medicinais. Uma substancia produzida pelos tubarões chamada squalamina tem mostrado promessa para novos antibióticos, com um inibidor de apetite, e uma droga antitumor. Talvez mais importante, no entanto, os tubarões possuem um sistema imunologico adaptável. “Que potencial essas criaturas podem ainda conter para promover nosso conhecimento a respeito da imunidade está rapidamente esgotado com a chacina em massa dos tubarões e a ameaça de extinção deles ao redor do mundo,” escreve o autor do livro.

As plantas também têm uma grande possibilidade de curas para a humanidade. Contudo as plantas tem sido menos pesquisadas que os animais, especialmente em ecossistemas ricos em plantas como a Amazônia, onde milhares de espécies podem habitar uma pequena área. As plantas Gimnospermas incluem pelo menos 1.000 especies, embora muitas estão em extinção. As gimnospermas já são responsáveis por alguns decongestionantes e a droga anti-cancer taxol. Os pesquisadores vêm mais possibilidades entre suas especies para o tratamento do Alzheimer, epilepsia, e depressão, mas apenas se a espécie nao estiver em extinção.

A pesquisa em Sustaining Life: Como a vida humana depende da biodiversidade, destaca apenas um caminho importante no qual a atual crise de extinção em massa irá afetar extremamente a raça humana. O livro que muitos autores estão ávidos para indicar que o unico método para estudar esses tratamentos—e outros inumeros desconhecidos—é provir a maré da perda da biodiversidade, conservando tanto as espécies como o ecosistema.


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