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Depois da abxolvição, o medo de estação livre para ativistas na Floresta Amazonica

Depois da absolvição, o medo de estação livre para ativistas na Floresta Amazônica

Depois da abxolvição, o medo de estação livre para ativistas na Floresta Amazonica
Michael Astor, the Associated Press
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
28 de Maio, 2008



ABAETETUBA, Brasil (AP) – O Bispo Flavio Giovenale ficou estarrecido com a absolvição na semana passada de um fazendeiro acusado de ordenar o assassinato da freira americana — e não só porque ele admirava Dorothy Stang.



Giovenale, que passa muito de seu tempo combatendo a prostituição infantil, corrupção policial e abusod e drogas, teme que o veredito signifique uma temporada aberta novamente a ativistas no estado do Pará.



O padre italiano tem recebido ameaças de morte devido à suas denúncias sobre o crime organizado que ele diz que tem mais peso que a lei em Abaetetuba, uma cidade do porto fluvial da Amazônia onde barreiras de caminhões carregam madeira extraída da floresta. Durante suas três décadas no Basil, ele tentou ignorá-las.



Mas desde que o fazendeiro Vitalmiro Moura saiu andando do seu segundo julgamento na semana passada, Giovenale teme que os interesses dos negócios importantes e obscuros que conduzem ao desflorestamento da Amazônia ordenará seu assassinato.



Ano passado, Moura foi sentenciado a 30 anos de prisão por ordenar o assassinato de Stang, uma freira de 73-anos de idade de Dayton, Ohio, numa decisão vista como mais um evento que acaba em impunidade em uma região onde os organizadores de comunidade, líderes da união e o clero são rotineiramente ameaçados de morte.



Para Giovenale, Stang foi uma heroína por devotar a ajudar os agricultores pobres sem desflorestar nada em uma região flagelada pela destruição ambiental, posse da terra arbitrária, ordens de matança, trabalho escravo e prostituição infantil desenfreada.



“A absolvição mostrou que ekes podem matar uma pessoa famosa como Dorothy, então eles certamente não pensariam duas vezes em matar um bispo desconhecido como eu,” ele disse.



Para muitos empreendedores da Amazônia, pessoas como Stang, Giovenale e outros que ajudam os pobres da Amazonia são intrusos impedindo a maior nação da América Latina de usar as riquezas florestais para gerar bens e trabalhos.



Sob uma teoria de conspiração comumente aceita no Brasil, os grupos não lucrativos da Amazônia são na verdade frentes para outras nações que invadem a região, ou ao menos impedem a nação de desenvolver então o Brasil não se tornará uma potência mundial.



“Uma certa camada da elite” no estado do Pará considera Moura como a vítima e Stang como o vilão, disse a Gov. Ana Julia Carepa. Ela advertiu outros políticos contra usar a absolvição de Moura para reviver suas retóricas públicas contra os ativistas pelo meio ambiente e direitos humanos.



Antes de ela morrer em 2005, Stang foi acusada de trafico fe armas e foi declarada indesejada pelo prefeito de Anapu, a cidade agrícola onde ela foi executada. Giovenale disse que muitos candidatos a prefeito na região queriam se livrar da parte de Stang e suas falas ousadas.



“Ela disse o seguinte: ‘Mesmo com armas em nossas mãos é necessário que nos elevemos ao nível do poderoso e apreendemos suas terras,'” disse Paulo Dias, um dos advogados de Moura. “Essa era sua doutrina. Sua filosofia era violência.”



Carepa descordou.



“Eu conheci a Irmã Dorothy e não há sombra de indicação de que ela foi violenta,” disse a governadora. “É uma decisão deplorável que mostra a fragilidade de nosso sistema judiciário.”



Os promotores clamam que Moura ordenou a execução de Stang devido a uma disputa sobre um pedaço de terra que ela queria preservar e Moura queria desmatar a área.



Moura afirma a polícia, fixou o crime nele porque o atirador e seu cúmplice correram para uma casa que é dele após atirar, porque os ativistas pressionaram os promotores a acharem o mandante do crime ao invés de só culpar o atirador confesso, Rayfran das Neves Sales.



Semana passada, Moura contou à Associated Press que a justiça foi finalmente feita. Ele espera receber uma boas vindas como herói dos fazendeiros ricos, e seus amigos assim que voltar à sua cidade natal, Altamira essa semana.



“As chamadas que eu estou recebendo, todo o tempo agora, são de pessoas dizendo que elas querem me receber com braços abertos,” disse Moura.



Mas o promotor Edson Souza, que disse que iria apelar da absolvição de Moura, disse também que a decisão terá desastrosas consequencias para os ativistas na Amazônia.



“As pessoas que trabalham para aumentar a consciência, organizam e lideram serão cada vez mais visadas pelos interesses dos que querem matá-las,” ele disse.






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