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A industria de óleo de palmeira da Malásia coloca a sustentabilidade em lugar de destaque

A indústria de óleo de palmeira da Malásia coloca a sustentabilidade em lugar de destaque

A industria de óleo de palmeira da Malásia coloca a sustentabilidade em lugar de destaque
Rhett Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
14 de Maio, 2008





Procurando diferenciar suas palmeiras das produzindas de forma menos responsável em outros países, o Conselho de Óleo de Palmeira da Malásia (MPOC) patrocinou um encontro de três dias essa semana em Kota Kinabalu, na ilha de Bornéo.



A Conferência Internacional de Sustentabilidade do Óleo de Palma (IPOSC) apontou promover as virtudes do óleo de palmeira e endereçar as preocupações ambientais que muitos grupos ambientais dizem ser a praga da industria.



“Sustentabilidade é o unico desafio ou ameaça mais importante quando alguém escolhe enxergá-la,” disse Dato’ Seri Lee Oi Hian, diretor do MPOC. “Esta é a razão pela qual o MPOC lançou a IPOSC.”



“A palmeira de óleo sustentável é agora uma exigência do mercado, a qual nenhuma companhia pode negligenciar,” ele continuou. “A IPOSC reflete nas questões ambientais e de sustentabilidade na industria e no que podemos fazer para melhorar a situação.”



Óleo de palmeira da Malásia procura reconhecimento do mercado pelos esforços ambientais



Semente da Palmeira de óleo. Foto por Rhett A. Butler

Datuk Peter Chin Fah Kui, Ministro das Industrias de Plantação e Produtos para a Malásia, destacou alguns dos pontos chave que o MPOC sente ter sido negligenciado ou mal representado por grupos ambientais, incluindo emissoes de carbono, governancia, e o uso de pesticidas e fertilizantes.



Chin disse que como uma colheita de árvore constante com uma vida economica de 30 anos, o óleo de palmeira estoca mais carbono que outras sementes oleaginosas, notavelmente soja e rapeseed. E mais, como semente oleaginosa mais produtiva do mundo, o óleo de palma faz mais para alimentar o mundo por unidade de area do que qualquer outra colheita. Ele observou que ao contrario da percepção publica, a maioria das palmeira de óleo vai para alimentar a produção de comida do que biocombustiveis.



O ministro disse que recentes ataques por Ongs européias no equilibrio de carbono eram injustas a Malásia, sugerindo que a produção européia de rapeseed e outras colheitas geraram maiores emissões que produziram responsavelmente óleo de palmeira. Ele também percebeu que a Europa destruiu a vasta maioria de suas florestas.



Frutas de óleo palmeira



Árvores de óleo de palmeira


Plantações de óleo de palmeira e floresta pesadamente extraída perto de Lahad Datu, Malásia. Fotos por Rhett A. Butler

Chin disse que a maioria das plantações de palmeira de óleo na Malásia tem sido estabelecidas em terras previamente extraídas e áreas que antes eram usadas para outros tipos de plantações, como borracha e cacau. Diferente da Indonésia, a palmeira de óleo na Malásia é hoje a única estabelecida em áreas legalmente aprovadas, ele disse. Ele alegou que as Ongs exageraram sobre a perda da biodiversidade resultado do estabelecimento das plantações.



Chin discutiu algumas das iniciativas da indústria favoráveis ao meio ambiente incluindo uma política de queimada zero, utilização de desperdício (galhso de árvores são usados como fertilizantes orgânicos), tratamento de água, e do gerenciamento das pestes para reduzir a necessidade de pesticidas usando predadores naturais com corujar, cobras, e insetos para controlar pestes.



Chin também anunciou o lançamento oficial do Fundo de Conservação da Vida Selvagem do Óleo de Palmeira da Malásia de RM20 milhões ($6.4 milhões) para patrocinar estudos sobre a vida selvagem, óleo de palma e o meio ambiente. Metade do fundo virá das firmas de palmeiras de óleo da Malásia; a outra metade é uma concessão do governo da Malásia. Chin mencionou o Conservation Trust de Bornéo, um projeto que procura verificar o número de orangotangos em Sabah. Presentemente acredita-se que há cerca de 12.000 orangotangos no estado, uma queda ingreme desde 1950.



Controvérsias



Enquanto muitos dos auto-falantes retrataram a industria de óleo de palma como uma luz positiva com considerações a sua perfomance ambiental, alguns apresentadores tomaram exceções a algumas reivindicações, notavelmente o impacto do óleo de palma na perda de biodiversidade e o desflorestamento, a virtude de converter turfas para plantações de óleo de palma, e o comportamento das firmas da Malásia operando fora da Malásia.



Dr. David Wilcove, um professor na Universidade de Princeton, disse que não há dúvidas de que as plantações de óleo de palma são biologicamente empobrecidas relativa à floresta natural, até mesmo quando se trata de floresta extraída. Darrel Webber da WWF-Malásia disse que áreas extensas de florestas saudáveis tem sido transformadas em plantações de óleo de palma desde o começo dos anos 80 e expressaram preocupações de que os altos preços do óleo de palma e a falta de terra apropriada para o cultivo de óleo de palma em Sabah aumentará a pressão do desenvolvimento sobre as reservas florestais da Malásia. Um membro da Sociedade de Orangotango de Borneo acusou o MPOC de retratar a população de orangotangos como sendo mais saudavel do que eles realmente são e disse que os RM10 milhões da industria ($3.2 milhões) não será suficiente para ter muito impacto em primatas ameaçados.



Outra fonte de controversia foi quando turfas tropicais podem ser desenvolvidas de forma segura para o cultivo de óleo de palma. Quando o Dr. S. Paramanathan da Pesquisas Agrícolas do Solo de Param disse que emissões da conversão são fequentemente exageradas por grupos ambientais que falham ao mostrar com precisão solos de turfa, ele concedeu que até que mais seja sabido sobre o impacto de carbono na conversão de solos de turfa, a turfa deveria ser tratada como um “solo problema.” Um membro da audiência propôs banir até que esteja determinado se os solos de turfa podem ser convertidos para a agricultura sem emissões significantes de gases com efeitos estufa. Paramanathan disse que o governo malaio deveria preparar um invetário completo de todos os solos de turfa do país.



A perfomance ambiental das plantações da Malásia em Kalimantan e Sumatra foi também uma preocupação. Sarala Aikanathan da Wetlands International sugeriu um padrão duplo entre os operadores das plantações da Malásia: eles seguem as regras na Malásia, mas a ignoram na Indonésia onde a lei é frouca e mais área florestal está disponível para tomada. Ela acrescentou que consumidores europeus são sinceros sobre a energia renovável e que a Malasia poderia ganhar melhorando a sustentabilidade da indústria de óleo de palma.



Apresentadores



Outros apresentadores incluiram representativos do Sime Darby, SIRIM Berhad, Wilmar International Limited, IOI Corporation, AES AgriVerde Services, Hart Energy Consulting, o Sarawak Departmento de Agricultura, the Malaysian Palm Oil Board, Universiti Malaysia Sabah, PERHILITAN, o Borneo Conservation Trust, CarbonCapital Solutions, e Petronas, Companhia nacional de óleo da Malásia.


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