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O impacto da palmeira de óleo em Bornéo

O IMPACTO DA PALMEIRA DE ÓLEO EM BORNÉO

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O IMPACTO DA PALMEIRA DE ÓLEO EM BORNÉO
Por Rhett A. Butler




Seções:


Visão aéria da floresta úmida que tem sido cortada e queimada para agricultura


Porção da floresta que tem sido cortada e queimada em Bornéo


Visão aérea da selva deflorestada em Bornéo


Floresta que tem sido drenada e então cortada e queimada para agricultura


Membros de árvores caídos de uma tentativa de corte e queima de uma área da floresta úmida para uso agrícola


Restos de carvão de uma seção da floresta úmida que tem sido cortada e queimada para agricultura de pequena escala


porção da floresta que tem sido cortada para agricultura de subsistencia em Bornéo


Corte e queima da agricultura na floresta úmida de Bornéo


Floresta úmida desmatada para plantações de palma de óleo na Malásia


Nova plantação de palmeira de óleo


Plantação de palmeira de óleo


Plantação de palmeira de óleo invadindo a floresta natural na Malásia


Desmatamento da floresta na Malásia


Desflorestamento na Malásia


Plantação de palmeira de óleo


Imagem de satélite mostrando a floresta úmida desmatada para plantações de palmeira de óleo em Sarawak, Malásia na ilha de Bornéo. Cortesia da Digital Earth


Imagem de satélite mostrando plantações de palmeiras de óleo em Sarawak na ilha de Bornéo. Cortesia da Digital Earth


Imagem de satelite mostrando plantações de palmeiras de óleo na Malásia em Sarawak na ilha de Bornéo. Cortesia da Digital Earth

O IMPACTO SOCIAL DA PALMEIRA DE ÓLEO EM BORNÉO

Na maior parte de sua história Borneo foi escassamente populado por humanos. O dificil clima e a densa floresta húmida mantiveram as pequenas populações e dispersaram-nas. Na metade do século passado isso tudo mudou. O influxo de maide de metade de um milhão de transmigrantes dentro de Bornéo nos ultimos trinta anos dobrou a população da ilha e criou tremenda demanda por empregos. Inicialmente as industrias de borracha e de extração de madeira forneceram emprego, mas quando essa desmoronou (Malásia) na metade dos anos 90 (Kalimantan), as oportunidades de trabalho acabram para a maioria da população local. Apesar disso, centenas de pessoas continuaram a chegar em Borneo semanalmente.

O aumento do desemprego era uma seria preocupação de Borneo no final dos anos 90 e começo de 2000 e conflito etnico surgiu em partes de Kalimantan durante esse tempo. O repentino aumento da palmeira de óleo no fim dos anos 90 e começo de 2000 foi visto como uma oportunidade bem vinda para muitos residentes e governo local. Observadores estão apenas agora vendo o custo total do crescimento no setor.

Impactos Ambientais



Além do desflorestamento óbvio que resulta do desmatamento das palicies da floresta úmida para plantações (86 por cento do desflorestamento na Malásia de 1995-2000 foi pra plantações de palmeira de óleo), há outros impactos ambientais no cultivo de palmeira de óleo. Muitos estudos descobriram uma redução significante (na ordem de 80 por cento para plantas e 80-90 por cento para mamíferos, pássaros, e répteis) em diversidade biológica seguindo a conversão da floresta para a plantação de palma de óleo. E mais, muitos animais não se moverão através das plantações enquanto outros, como orangotangos, se tornaram pestes das colheitas colocando-os em risco pela caça defensiva por parte dos pantadores. O uso de herbicidas e pesticidas podem também impactar a composição de espécies e poluir córregor locais. Sistemas de drenagem requeridas para as plantações (plantações de palmeira de óleo em Borneo são frequentemente estabelecidas em florestas de pântano) podem baixar as tabelas de água, afetando as áreas florestais vizinhas. E mais, a destruição das terras de turfa aumenta o risco de inundações e incêndios. Queimadas para desmatamento de terras por parte dos proprietarios de grandes plantações de palmeiras de óleo foram as unicas causa dos massivos incêndios em 1997-1998 em Borneo.



Para mais veja Por que as palmeiras de óleo estão substituindo as florestas tropicais?


Impactos Sociais



Os impactos sociais das plantações de palmeira de óleo estão apenas começando a ser entendidos, em grande parte graças ao trabalho da Dr. Lisa Curran. Enquanto não há duvidas de que as plantações de palmeira de óleo fornecem muitas oportunidades de emprego em Borneo há perguntas na questão do sistema existente que parece algumas vezes prender os plantadores em condições como a de escravos.



Dada a escassez da madeira em partes de Bornéo, muito da sua população tem poucas opções economicas no momento. Palmeiras de óleo parecem ser a melhor alternativa para comunidades que estão economizando para uma saida da vida de cultivo de borracha, cultivo de arroz para subsistencia, e hortas. Quando uma grande empresa agrícola entra numa área, alguns membros da comunidade estão frequentemente famintos para se tornar parte de uma plantação de palmeira de óleo. Faltanto titulo legal para suas terras, acordos sao frequentemente estruturados para que membros da comunidade adiquiram 2-3 hectares (508 acres) de terra para o cultivo de palmas de óleo. Eles geralmente pegam emprestado alguns $3.000-6.000 (numa taxa de 30 por cento de juros ao ano) da empresa matriz para as sementes, fertilizantes, e outras fontes. Porque as palmeiras de óleo levam aproximadamente 7 anos para frutificar, eles trabalhavam como trabalhadores diurnos por $2.50 por dia em plantações maduras. Sendo assim, seus lotes nao geram nenhuma renda mas requerem fertilizantes e pesticidas, que são comprados da empresa de plantação de palma de óleo. Uma vez que suas plantações se tornam produtivas, o salário médio para uma atribuição de 2 hectare é de $682-900 por mês. No passado, a borracha e a madeira geravam $350-1000 mensais, de acordo com Curran. O baixo nível de renda combinada com grandes custos iniciais e relativamente pagamentos de grandes interesses virtualmente assegura que esses pequenos proprietários serão perpétuamente endividados com a companhia de palmeira de óleo.

Curran disse que esse débito, combinado com toda a dependencia quase total de entidades que eles mal confiam, tem um impacto psicológico nas comunidades. Porque nao tem outros jeitos de contestar as ações da companhia, os conflitos invariavelmente chegam às comunidades, especialmente quando uma grande parte da comunidade (Dayaks frequentemente se opõem aos esquemas das palmas de óleo) se opôs à plantação. As vezes meios “por debaixo dos panos” são usados para convencer uma comunidade. Por exemplo, um presente como uma moto pode ganhar muita influência entre os líderes da comunidade. Uma vez que a palmeira de óleo se firma ela ganha aprovação, e pode ser negociada de um a um com cada agregado, eliminando a possibilidade de ter de barganhar poder com uma comunidade maior.

Pesquisas feitas por Curran sugerem que as comunidades no Oeste de Kalimantan estão profundamente preocupadps com enchentes depois do estabelecimento das plantações das palmeiras de óleo. Eles também se preocupam com a perda dos recursos florestais e cultura — membros de comunidades mais velhas nem sempre gostam da idéia de mulheres e crianças trabalhando nas plantações. O cultivo das palmas de óleo tornam as pessoas mais dependentes das empresas agrícolas desde que elas nao praticam mais a agricultura de substência. Finalmente, algumas comunidades tem expressado insatisfação em trabalhar para os malaios. Eles preferem trabalhar independentemente, de acordo com Curran. Enquanto eles tem muitas queixas, poucos enxergam outra alternativa.

Enquanto isso as companhias de palmeiras de óleo estão fazendo uma fortuna. Pelos cálculos de Curran, algumas empresas no Oeste Kalimantan estão vendo uma taxa interna de 26 por cento anual de retorno sobre um período de 25-anos, um número surpreendente. Devido à grande demanda por biocombustíveis, eles tem baixos riscos.

“Empresas estão fazendo muito dinheiro sem muita responsabilidade,” disse Curran, da Universidade Stanford em Janeiro de 2007.



Para mais veja Palmeira de Óleo

NOTÍCIAS SOBRE A PALMEIRA DE ÓLEO  

REFERÊNCIAS  

  • Lisa Curran, personal communication
  • WWF Germany, Borneo: Treasure Island at Risk, June 2005 [pdf, 773 KB]
  • mongabay.com
  • Copyright Rhett Butler 2007

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