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O Brasil falha ao implementar planos de desflorestamento – A destruição da Amazonia avança

O Brasil falha ao implementar planos de desflorestamento – A destruição da Amazonia avança

O Brasil falha ao implementar planos de desflorestamento – A destruição da Amazonia avança
Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
6 de Março de 2008





Enfrentando um ponto de desmatamento na floresta devido aos altos preços dos produtos, o governo Brasileiro tem falhado ao decretar as reformas projetadas para reduzir o desflorestamento na Amazônia, diz Greenpeace, um grupo ambiental.



Analisando o ” Plano de Ação” de proteção florestal de 2004 do Presidente brasileiro Luiz Inacio Lula da Silva, o Greenpeace descobriu que 60 por cento das 162 ‘atividades’ sob 32 direçãoes estrategicas no plano não tem sido decretadas. Menos de um terço das direções estratégicas foram completadas no fim do ano passado.



O Greenpeace responsabiliza a falta de vontade política e falta de coordenação pelo Chefe dos treze ministérios do Governo envolvido na implementação do plano. O grupo também observa que o plano de ação não aponta os alvos da redução do desflorestamento.


Depois de falhar por três anos consecutivos, o desflorestamento na Amazônia Brasileira deu um salto no final de cinco meses de 2007. Enquanto o governo previamento tomou credito pelo declínio do desflorestamento, o aumento recente na extração de madeira confirma a suspeita de que os altos preços dos produtos — e não medidas políticas — são o determinante primário para o desmatamennto da floresta. Os preços do grão e do gado tem aumentado nos últimos meses, impulsionando a pressão do desenvolvimento na Amazônia — cada vez mais o coração agrícola do Brasil.



“A pobre cordenação e falhas sérias na implementação de componentes chave do Plano tem deixado a Amazonia vulnerável aos caprichos do mercado dos produtos,” disse Marcelo Marquesini, um ativistas do Greenpeace na Amazonia e principal autor do relatório, entitulado “O leão acorda.”



O Greenpeace diz que enquanto o plano tem tido alguns sucessos notáveis, incluindo o desenvolvimento do desflorestamento do Sistema de Detecção do Desflorestamento em Tempo Real (DETER) pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa Espacial (INPE) e a distribuição das imagens de satélite para organizações da sociedade civil, o Governo Brasileiro precisa se comprometer com a implementação.



A perda da Floresta Amazônica caiu de Agosto de 2004-Jullho de 2007, antes de quase duplicar de Agosto de 2007 até o final do ano.

“A iniciativa do governo para lutar contra o desflorestamento tem muitas virtudes, mas é crucial estabelecer alvos concretos, claros e mensuráveis para a redução anual da perda de cobertura florestal. Isso permitiria o governo – em niveis local, estadual e federal – planejar uma maneira integrada, e avaliar sua própria performance, fazendo ajustes oportunos,” disse Paulo Adario, coordenador da campanha do Greenpeace na Amazônia. “Em qualquer caso, se os esforços para conter o desflorestamento forem eficientes, é necessário, acima de tudo, consolidar de uma maneira definitiva o ato provisional do código florestal, que estabelece que não mais de 80% da área de cultivo da Amazonia pode ser desmatada. Pode parecer óbvio e redundante, mas se as regras que definem o que deveria ser usado e o que deveria ser preservado permanecer na forma de ato provisional, nenhuma vitória decisiva será alcançada na luta contra o desflorestamento.”




O leão acorda


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Influência dos preços da soja (CPI-ajustada, 12-meses média movimentada) no desflorestamento na Amazônia Brasileira. O desflorestamento nos estados de Mato Grosso e Pará tem mostrado uma correlação particularmente forte com os preços da soja nos recentes anos. Todas as figuras em hectares (2.47 acres).


Influência dos preços da soja (CPI-adjusted) no desflorestamento da Amazônia Brasileira. Todas as figuras em hectares (2.47 acres).


O aumento recente dos preços da soja e do gado poderia estar conduzindo a um aumento nas queimadas florestais. As figuras de desflorestamento anual dos anos de 2007-2008 não serão liberadas até Agosto de 2008, apesar novas informações da estação de queimadas de 2007 devem ser avaliadas até o final do ano.

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