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Três espécies de salamandras descobertas na Costa Rica

Três espécies de salamandras descobertas na Costa Rica

Três espécies de salamandras descobertas na Costa Rica
Jeremy Hance, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
26/03/2008





Cientistas do Museu de História Natural de Londres descobriram três novas espécies de salamandras no sudeste da Costa Rica. Issto traz a nação um total de quarenta e três espécies, significando que essea pequena nação tropical contém aproximadamente nove por cento das salamandras do mundo.

Duas das espécies recentemente descobertas são noturnas e do gênero Bolitoglossa. O maior deles é unicamente colorido: um vermelho brilhante nas costas em contraste com o corpo preto com pequenos pontos de amarelo aparecendo em seus flancos. O outro é marrom com a parte inferior mais clara. A terceira espécie é uma salamandra anã—um membro do genero Nototriton—e não é maior que um quarto. Nenhuma das três espécies foram nomeadas: a Universidade da Costa Rica terá essa honra.




Brilhantemente colorida, essa nova espécie de salamandra é uma das 3 descobertas em uma floresta inexplorada na Costa Rica © Uma Monro

Dr. Alex Monro, que conduziu a expedição, diz que “descobrir tantas novas espécies em uma só área é muito animador. Particularmente porque esse é provavelmente o unico lugar do mundo onde você pode encontrar esses animais”. A três novas salamandras foram encontradas na maior reserva da América Central, Parque Nacional La Amistad. O parque fica em sua maior parte na Costa Rica mas é gerenciado tanto pela Costa Rica como pelo Panama. O Parque Nacional La Amistad é conhecido pelo seu terreno rugoso e pelo seu tamanho, na verdade é um dos mais inexplorados parques na região. Com quase um milhão de acres de tamanho, essa reserva da UNESCO contém uma rica biodiversidade: mais de 250 especies de repteis e anfíbios, 600 pássaros, 215 mamíferos, e um número surpreendente de 14.000 especies de plantas que tem sido registradas. O parque também se privilegia da maior população de onças da América Central.




Uma nova espécie de salamandra anã: não maior do que um quarto (esquerda). Uma das novas espécies de salamandras é do genêro Bolitoglossa. Ela é noturna (direita). Imagens © Um Monro

O descobrimento dessas novas espécies vêm num tempo imperativo. Talvez nenhum animal táxon é mais ameaçado que os anfíbios. Cientistas tem indicado que sem ação um terço da metade dos anfíbios podem se extinguir. Dr. Monro acredita que apesar “ter havido menos estudos sobre as salamandras do que sobre os anurians” as salamandras são acreditadas serem tão ameaçadas quanto rãs e sapos. As razões são variadas; a ameaça número um parece ser uma doença fúngica chamada Chytridiomycosis, mas acredita-se que o aquecimento global, destruição de habitat, e a poluição teve também um grande impacto sobre os anfíbios. Dr. Monro afirma que é razoável supor que as três novas espécies estão vulneráveis à Chytridiomycosis e á mudança climática, acrescentando que “não há muito conhecimento sobre o declínio fora as causas em potential e seu progresso documentado. Eu sei que a Universidade da Costa Rica em associação com os Estados Unidos e as instituições do Panamá estão fazendo pesquisas sobre isso no momento.” As instituições estão reagindo também: zológicos, jardins botanicos, e aquários no mundo todo começaram um programa chamado Anfíbios E Arca para estabelecer programas de reprodução de espécies em cativeiro para os 500 anfíbios mais ameaçados de extinção.

Tais instituições estão trabalhando duro para parar o declínio mundial de anfíbios, Dr. Monro e o Museu de História Natural de Londres estão catalogando as muitas espécies ainda desconhecidas para a ciencia. Juntas, essas forças ajudarão a preservar espécies que eram inteiramente desconhecidas um ano atrás. Mais quatro expedições são planejadas para o Parque Nacional La Amistad esse ano. Dr. Monro diz, “quem sabe o que se pode encontrar quando nós voltarmos?”

Uma coisa é certa: mal podemos esperar para ver.






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