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Pesquisa e conservação na Amazônia não pode ignorar as questões sociais

Pesquisa e conservação na Amazônia não pode ignorar as questões sociais

Pesquisa e conservação na Amazônia não pode ignorar as questões sociais
Jeremy Hance,
mongabay.com
14/03/2008




Para a conservação da Amazônia ser mais eficaz, ela deve começar a dar mais atenção às questões sociais, de acordo com uma nova publicação: "Tornar coisas públicas: uma contribuição para resolver condições humanas consequentes das alterações ambientais." O autor da publicação, o Dr. Diogenes Alves, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais disse à mongabay.com, que "o ponto principal desse trabalho é que ele se tornou crucial para reconhecer as configurações sociais, económicas e políticas associadas as alterações ambientais na Amazônia.
"

Dr. Alves utiliza um dos maiores projetos de pesquisa da Amazônia como
exemplo, o LBA ou Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosphera. LBA reuniu
várias ciências para criar uma imagem completa da Amazônia,
incluindo biogeoquímica, química atmosférica, estudos de
carbono, estudos sobre a utilização e cobertura dos solos, hidrologia
e química de água, e estudos físicos de clima —mas para
a experiência faltou desde o inicio qualquer maneira formal para se conectar
os resultados com a sociedade. Após o início da pesquisa, o Comité
Diretor Científico observou a necessidade de envolver cientistas sociais
e criou um lugar para eles. No entanto, o LBA não foi capaz de utilizar
plenamente os estudos sociais, como salienta o documento: "a proposta da
LBA não elaborou, por exemplo, sobre os aspectos políticos da
Convenção Climática e suas negociações, ou
sobre a discussão do próprio conceito de desenvolvimento e sustentabilidade."
Estas falhas prejudicam a eficácia da LBA, de acordo com Alves.

O documento conclui que ciências sociais deveriam ser uma parte obrigatória
de experiências científicas: "ciência e tecnologia providenciam
elementos críticos para compreender as alterações ambientais,
mas, como o experiência da LBA mostra, por falta de uma estreita articulação
com as ciências sociais questões importantes são perdidas,
diminuindo assim os impactos potenciais dessa compreensão. Em tempo oportuno,
esse entendimento tem de ser colocado em uso pela própria sociedade,
e as ciências sociais são a chave para entender este processo complexo,
para ajudar de tornar publicos os resultados da ciência, e explorar como
sociedade articula publicamente, muito especificamente, em busca de respostas
institucionais às mudanças." Se utilizada, a ciência
social poderia contribuir para ser a ponte entre ambientalistas e o governo
brasileiro.



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