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Os incêndios na Amazônia se intensificam apesar da queda nas taxas de desflorestamento

Os incêndios na Amazonia se intesificam apesar da queda nas taxas de desflorestamento


Os incêndios na Amazônia se intensificam apesar da queda nas taxas de desflorestamento
Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
19/03/2008



As políticas de incêndio são a chave para reduzir o impacto da seca na Amazônia



Ganhar controle sobre as queimadas no desmatamento na Amazônia é a chave para reduzir o desflorestamento e o impacto da seca severa nas regiões de floresta, esvrevem os pesquisadores em um jornal publicaod em Transações Filosóficas do Royal Society B.



Analsisando as chuvas, os incêncios e o desflorestamento na Amazônia brasileira de 1998 até 2006, Luiz Eduardo O. C. Aragão da Universidade de Oxford e colegas do Instituto Brasieliro para Pesquisas Espaciais (INPE), Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e Universidade Livre de Bruxelas descobriram que apesar da redução de 31 por cento na taxa de desflorestamento no ano anterior (2004), durante a seca de 2005 a Amazonia viu um aumento de 43 por cento no número de incêndios relativos ao valor previsto de uma área desflorestada. Os resultados sugerem que “secas extremas podem aumentar significantemente o número de incêndios na região memso com taxas mais baixas de desflorestamento.”



Mapas da Amazônia Brasileira mostrando um total cumulativo de área desflorestada baseado na série de dados do INPE-DETER até 2004 ( amarelo) e em 2005 (vermelho), e o número cumulativo anual de detecções quentes do pixel em 2005 da série de dados da NOAA-12 sobre (b) as áreas desflorestadas até 2004, (c) areas desflorestadas em 2005 e (d ) áreas florestas em 2005. Direitos de Imagem Luiz Eduardo O.C. Aragão at al (2008), Phil. Trans. R. Soc. B.

Os autores esperam que este relacionamento continue conforme o desflorestamento e as mudanças climáticas induzidas pelos homens ajam de forma a aumentar a frequencia e a intesidade da seca em partes da Amazônia.



“Nós podemos esperar que o desflorestamento em curso, atualmente baseado nos procedimentos de corte e queima, e o uso das queimadas para gerenciamento das terras na Amazônia irão intensificar o impacto das secas associadas com a variabilidade do clima ou mudança climatica induzida pelos homens, e portanto uma grande área das fronteiras da floresta estará sob alto risco de incêndios,” escrevem os autores.



Enquanto sua probabilidade for exrema, Aragão e seu colegas dizem que a ação política mais eficiente será reduzir o uso das queimadas na conversão da floresta para agricultura e pastagens.



“Os impactos das queimadas nas regiões Amazônicas poderia ser reduzido com o apoio do governo, já que os incêndios aqui são principalmente induzidos pelas atividades humanas e poderiam ser evitados e/ou diminuídos pela: introdução de técnicas de gerenciamento da terra sem uso de fogo; reforço da monitoração, controle e aplicação da legislação atual brasileira em relação às queimadas ilegais; criação de áreas protegidas; e programas de educação ambiental,” escrevem os autores, apontando a criação de Estatutos de Reservas Extrativas, o Programa Piloto para Conservar a Floresta Úmida Brasileira (PPG7), e uma Zona Economica-Ecológica (ZEE) como sinais de esperança.



Os autores mais a frente observam qye apesar dos impactos negativos ao meio ambiente por parte da agricultura mecanizada em larga escala, tais como fazendas e plantações “não são normalmente acompanhadas por queimadas subsequentes… as quais podem reduzir potencialmente o risco de incêndios florestais na Amazonia… uma vez que a Zona Econômica-Ecológica da região Amazônica tenha sido bem estabilizada.”



Em outras palavras, uma vez que o desflorestamento tem ocorrido fora de controle, áreas protegidas estabelecidas, e zonas agrícolas, agroindustria bem gerenciadas poderiam reduzir a incidência de incêndios na Amazônia.


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