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O surgimento do desflorestamento da Amazonia é devido aos preços do óleo e da soja

O surgimento do desflorestamento da Amazônia é devido aos preços do óleo e soja

O surgimento do desflorestamento da Amazonia é devido aos preços do óleo e da soja
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
26/03/2008





Um cientista brasileiro confirmou que o desmatamento da Floresta Amazônica tem afluído nos últimos meses, de acordo com Reuters.



Carlos Nobre, um cientista brasileiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil, que rastreia o desflorestamento na Amazônia, disse em um seminário em Washington que o desflorestamento “será muito maior que em 2007.”



Nobre disse que 2.300 milhas quadradas de floresta tem sido desmatadas nos últimos quatro meses, comparado com 3.700 milhas quadradas nos 12 meses que terminaram no último dia 31 de Julho. O governo brasileiro patrocino os numeros de 2006-2007 — a menor perda florestal anual desde 1970 — como um sinal de que esforços de aplicação estavam trabalhando na região, mas os cientistas disseram que o declinio era mais provável ser temporário junto aos preços das matérias primas globais. Como os preços da soja e do gado se elevaram nos ultimos meses, o numero de incendios e aparente desmatamento da floresta tem também aumentado.




Desflorestamento na Amazônia Brazileira caiu mais que 60 por cento entre 2004 e 2007.

Informações de satélites brasileiros mostram um notavel aumento no número de incendios e desflorestamento na região. Os estados do Pará e Mato Grosso — o coração da fronteira agrícola do Brasil — ambos esperienciaram um aumento de 50 por cento ou mais de perda florestal no mesmo período que no ano passado juntamento com um grande salto em queimadas: um salto de 39-85 por cento no numero de incendios no Pará de Julho a Setembro e 100-127 por cento de aumento em Mato Grosso, dependendo do satelite. Mais amplamente, os 50.729 incendios registrados pelo satélite Terra e 72.329 medidos pelo satélite AQUA através da Amazônia brasileira são os mais altos registros baseados em informações disponíveis datando de volta a 2003 (o satélite NMODIS-01D aponta que as queimadas de 2005 foram as maiores mas ainda mostra 54 por cento de salto no ano passado). Relatos terrestres indicam que as queimadas foram de fato enormes no outono passado.



“Eu nunca vi incêndios dessa proporção,” John Cain Carter, um fazendeiro que lidera a ONG Aliança da Terra, disse ao mongabay.com. “Os incêndios estão ainda piores que no evento do El Niño em 1998… Uma área enorme do Parque Nacional do Xingu estava pegando fogo, por mais doentio que seja, é um sinal da verdade das coisas chegando.”



Imagens de satélite da NASA indicam que muito das queimadas do ano passado estavam concetradas em volta de duas grandes estradas da Amazonia: A rodovia Transamazonica no estado do Amazonas, e a porção nao pavimentada da BR-163 no estado do Pará. Cientistas tem há muito tempo advertido que as estradas levariam ao desflorestamento na área encorajando colonizadores e o desenvolvimento.



“A infraestrutura está associada com mudança agressiva e progressiva do uso da terra,” disse Nobre, observando que 90 por cento do desflorestamento na Amazônia ocorreu dentro de 30 milhas de estradas, de acordo com Reuters.



Nobre também disse que a alta nos preços do óleo criaria maior pressão na Amazonia pela produção de biocombustível.



“Se os preços do óleo continuarem aumentando haverá uma explosão na produçaõ de biocombustivel na Amazonia,” ele disse.



Os comentários de Nobre vieram um pouco depois do Ministro da Agricultura no Brasil Reinhold Stephanes ter dito a Reuters que o Brasil precisaria pelo menos de uma década antes de poder parar o desflorestamento resultado de seus negócios agrícolas em crescimento rápido.



“Hoje o Brasil tem a consciência de nao cortar árvores para aumentar sua produção,” ele disse. “O governo decidiu — não mais desflorestamento. Agora, será pelo menos uma década antes que as policias estejam no lugar e trabalhando.”



Stephanes contou a Reuters que a agricultura brasileira cresceria recuperando 50 milhões de hectares (124 milhões de acres) de pastos degradados bem como convertendo 50 milhões de hectares de cerrado, um ecossitema de gramineas fazendo fronteira com a Floresta Amazonica. Criticos dizem que os propirietarios de terras frequentemente subornam oficiais para classificar as terras da floresta como cerrado assim eles podem desmatá-la para pasto e fazendas de soja.






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