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Nova teoria sobre a evolução dos pigmeus

Nova teoria sobre a evolução dos pigmeus

Nova teoria sobre a evolução dos pigmeus
mongabay.com
12/03/2008



Baixa idade de gravidez junto a elevada mortalidade infantil, deflagrou a evolução
da pequena estatura das populações humanas pigmeu.


O pequeno tamanho corporal dos "pigmeus", moradores de floresta,
evolveu como consequência da histórica de vida partindo da morte precoce e não
como uma adaptação ao seu meio ambiente ou de resistência contra a fome, afirma
um novo estudo publicado na revista Eventos da Academia Nacional das Ciências
(PNAS).

A construção de curvas de crescimento para os Aeta, um grupo de pessoas compactas,
moradores de floresta, nas partes montanhosas da ilha de Luzon nas Filipinas;
e comparando essas com as curvas de crescimento dos Biaka (pigmeus da África
central) e dos Agta (pigmeus filipinos), deixou Andrea Bamberg Migliano e colegas
da Universidade de Cambridge especular, que populações de pigmeus humanos evoluiram
como um subproduto da seleção de início precoce da reprodução.

"Populações de pigmeus humanos e adaptações evoluíram de forma independente
como o resultado de uma troca de história de vida entre os benefícios de fertilidade
de tamanho corporal maior contra os custos de cessação atrasada de crescimento,
nas circunstâncias significativas de mortalidade joven e adulta", observam
os autores. "Pigmeus humanos não parecem ter evoluído através da seleção
positiva da estatura pequena – eles são um subproduto da seleção de início precoce
de reprodução".


Xamã Aeta toca o Kulibaw em
ritual de exorcizar o "espírito de morte." Os Aeta e outros
pigmeus tem as mais altas taxas de mortalidade entre todas as populações
humanas; seu pequeno tamanho corporal surgiu como uma consequência da
história de vida de morte precoce. Fotografia
cortesia de Rodolph Schlaepfer

 

Essa pesquisa desafia explicações tradicionais da dimensão do corpo humano
pigmeu, incluindo adaptação "para viver em densas florestas tropicais,
termorregulação, ou resistência contra a fome em ambientes de baixa produtividade."

Nenhuma destas explicações leva em conta a distribuição mundial dos pigmeus
humanos – algumas populações de tamanho de pigmeus são encontradas fora das
florestas, e muitos vivem em zonas frias e secas; aliás, má nutrição de longa
data não conduz necessariamente à tamanho pigmeu, como demonstrado por grupos
que, como alguns pigmeus, enfrentam freqüentemente escassez alimentar e ainda
estão entre as populações mais altas do mundo", escrevem Migliano e colegas."
O valor adaptativo do tamanho corporal de pigmeus permanece uma questão sem
resposta na biologia evolutiva humana, e uma questão posta em contraste acentuado
com a recente descoberta de um fóssil de corpo pequeno de população humana em
Flores/Indonésia".

Pigmeus humanos são geralmente definidos como tendo uma altura média de 155cm
em populações masculinas. Embora a palavra "pigmeu" é frequentemente
utilizado para descrever grupos historicamente nômades que vivem em florestas
tropicais africanos, os pigmeus são amplamente distribuídos, incluindo as populações
nas Ilhas Andaman, Malásia, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Papua Nova Guinéia,
Brasil e Bolívia.




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