Impactos humanos na conservação dos primatas na Amazônia central
Impactos humanos na conservação dos primatas na Amazonia central
Sarah Boyle, Arizona State University
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
19/03/2008
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Desflorestamento na Amazônia é uma séria preocupação. Na Amazônia brasileira, as florestas são desmatadas para fazendas de gado, cultivo de soja, e práticas de extração de madeira seletiva. Uma nova planta para estabelecer aproximadamente 180 familias no norte de Manaus, a capital do estado do Amazonas, criou controvérsia difundida. As porções de terras localizadas dentro do site de estudo de funcionamento da fragmentação da floresta, o Projeto de Dinâmicas Biológicas de Fragmentos da Floresta (BDFFP). Portanto, o plano ameaçaria pesquisas cientificas no BDFFP e outras pesquisas de sites operados pelo Instituto Nacional da Pesquisas de Amazônia (INPA) e Experimento em Larga Escala da Biosfere-Atmosera na Amazonia (LBA), bem como o futuro do Corredor de Conservação da Amazônia Central.
Colonizadores dentro do Projeto de Dinâmicas Biológicas de Fragmentos da Floresta (BDFFP) estudam areas que foram ilegalmente cortadas da floresta nativa. O roubo, a caça, e queimadas intencionais também causaram problemas ao BDFFP. Essa fotografia descreve um estabelecimento em Julho de 2007. Foto cortesia do BDFFP/Carlos da Costa |
A densidade humana aumentada na área iria provavelmente levar a mais desflorestamento, bem como a taxas elevadas de caça de animais da área. Na verdade, o BDFFP já experienciou roubo, queimadas intencionais, extração de madeira, e caça em seua áreas de estudo. Seis espécies de macacos residem na área do BDFFP, mas algumas espécies, tais como o amcaco aranha preto, não foram bem nos fragmentos remanescentes da floresta, ou porções florestais, que são deixadas após o desflorestamento. Portanto, há uma preocupação que as plantas e animais da area seriam negativamente afetados pelo plano de colonização. Há também a preocupação a respeito da futura pesquisa do site BDFFP, que contribuiu para a ciencia e a educação por quase três décadas, e produziu 600 publicações, relatos técnicos e teses. Consequentemente, o plano de estabelecimento poderia afetar a conservação das plantas e animais locais, bem como as pesquisas que estão atualmente sendo conduzidas por numerosas instituições e agencias.
O plano colonizador foi proposto por uma agência federal brasileira, mas devido à controvérsia do plano no Brasil e no exterior, a agência suspendeu temporariamente as atividades colonizadoras relacionadas com o plano. Além disso, os cientistas no Brasil submeteram propostas de planos de gerencia para o BDFFP e outras áreas regionais, como uma alternativa para o plano de estabelecimento atual.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: A pesquisa de Sarah Boyle está publicada na questão inaugural no acesso aberto e-journal Ciencia de Conservação Tropical: Impactos humanos na conservação dos primatas na Amazônia Central.
Boyle, S. A. 2008. Impactos humanos na convervação dos primatas na Amazonia Central.Ciência de Conservação Tropical 1 (1):6-17.