Florestas tropicais enfrentam enorme ameaça da agricultura industrial
Florestas tropicais enfrentam enorme ameaça da agricultura industrial
mongabay.com
12/03/2008
A conversão de floresta para fins de agricultura em grande escala está rapidamente
emergindo como uma das principais causas de desmatamento tropical. Um novo relatório
do Centro de Pesquisa Woods Hole (WHRC) chega a conclusão que essa tendência
provávemente continuará no Brasil, na República Democrática do Congo, na Indonésia,
no Peru e na Colômbia, que juntos dispoem de 75% das florestas tropicais do
mundo, cujos terrenos são altamente idôneos para a expansão da agricultura industrial.
O estudo também identifica as florestas que são mais apropriadas (baixa densidade
populacional, clima e solos impróprios) para "Redução de Emissões de Desmatamento
e Degradação" (REDD) iniciativas que compensam os países para preservar
florestas em troca de créditos de carbono.
"Florestas pouco adequadas para agricultura industrial e com baixa densidade
de residentes humanos será a mais barata para reservar na hora que as nações
desenvolvem os programas REDD", afirma um pronunciamento do WHRC.
O estudo, com título "Prontidão para REDD: Uma avaliação preliminar global
sobre adequação de terras de florestas tropicais para agricultura", mostra
que em alguns países (Bolívia, Congo, Venezuela, Guiana), um terço até a metade
das florestas não são adequados ou que tenham baixas concentrações de agricultores,
tornando-as prioridades de proteção dentro dos programas de REDD. O relatório
também assinala, que em alguns países (Brasil, Guiana Francesa, Camarões) praticamente
todos os terrenos florestais têm elevado potencial agrícola ou de alta densidade
populacional.
A avaliação mostra que o Brasil tem 390.000 km2 de florestas com terras adequadas
para soja, 2,283 milhões km2 para óleo palma, e 1,988 milhões km2 para açúcar,
terras que junto contem 49 bilhões toneladas de carbono. A RD do Congo tem o
potencial de converter 1,015 milhões km2 de floresta para agricultura industrial,
incluindo 778.000 km2 para plantações de óleo de palma. Seguem Indonésia (765.000
km2 – 617.000 km2 adequados para óleo palma), Peru (513.000 km2 – 458.000 km2
adequados para óleo de palma), a Colômbia (438.000 sq km – 417.000 sq km adequado
para óleo palma), a Venezuela (270.000 km2 – 157.000 km2 adequado para cana
de açúcar), e a Malásia (193.000 km2 – 146.000 km2 adequados para óleo de palma).
Áreas de terras tropicais adequadas para soja (a), cana de açúcar (b), e |