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Estratgias de conservação podem abrandar o impacto do aquecimento global na Amazonia

Estratégias de conservação podem abrandar o impacto do aquecimento global na Amazonia

Estratgias de conservação podem abrandar o impacto do aquecimento global na Amazonia
Rhett A. Butler, mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
19/03/2008





Projeto cuidadoso de áreas protegidas para salvaguardar o “refúgio” e permitir a migração pode aumentar a resistência da biodiversidade da Amazônia à mudança climática, relatam pesquisadores que escrevem no Transações Filosóficas da Royal Society B.



Com o futuro climático da Amazônia incerto, Timothy J. Killeen e Luis A. Solórzano discutem que os corredores da conservação para permitir que as espécies se desloquem na distribuição geogárfica em resposta à mudança climática deveria ser um componente crítico para os planos de conservação na região.



“As mudanças climáticas estão causando mudanças nos padrões geográficos do meio ambiente,” Dr. Solórzano, Oficial Senior do Programa de Ciencia da Fundação Gordon e Betty Moore, contou a mongabay.com. “Os dados empíricos e as previsões modeladas indicam que as mudanças no clima global tem efeitos importantes na biosfera e é esperado que os sistemas biológicos irão responder de maneiras diferentes e imprevisíveis; consequentemente, qualquer esforço de conservação a longo prazo precisa levar em conta esses efeitos em potencial, senão, os investimentod de hoje’ para preservar os alvos de biodiversidade específicos poderiam ser inúteis dentro de algumas décadas.”



O coração da Amazônia é defino por muitas chuvas e poucas estações. As áreas de maior risco nas futuras mudanças climáticas são aquelas no sul e leste da Amazonia com clima sazonal que poderia ser modificado pelo clima de savana.

Os autores propõem uma série de medidas para melhorar a resistência dos esforços de conservação na Amazonia, incluindo as pesquisas “futuras zonas climaticas de tensão” para “características que capturem a chuva ou a umidade do solo para identificar potencial refúgios de espécies da floresta úmida”; protegendo o oeste da Amazônia onde o nivel mais elevado de riquezas biológicas da região é encontrado e os níveis de precipitação são menos proprícios a mudar devido ás mudanças climáticas; estabelecendo corredores ribeirinhos que conservam tanto os ecossistemas terrestres como os aquaticos; e protegendo a migração como “vales de ris que no sul da Amazonia tem uma orientação aproximadamente Norte-Sul, que permitirá as espécies de plantas deslocar suas distribuições em direção ao equador.” Killeen e Solórzano também observam a importância dos corredores de altitude e de ressaltam a importância da variabilidade do solo para reduzir os estresses da seca e manter a biodiversidade das plantas.



“Muitos dos passos necessários para desenvolver uma estratégia de conservação que enderece a mudança climática são também componentes das estratégias tradicionais de conservação e beneficiaria a conservação não obstante a mudança climática,” eles escrevem.



Killeen e Solórzano dizem que abrandando o impacto dos projetos de infraestrutura planejados na Amazonia será definitivo para desenvolver uma estratégia efettiva de conservação para a região. Rodovias, projetos de hidrelétricas, exploração de hidrocarbonetos, e outros projetos de transportes ameaçam minar os eforços para aumentar a resistência da Amazonia às mudanças climáticas e á outras mudanças.



Timothy J. Killeen e Luis A. Solórzano (2008). Estratégias de conservação para abrandar os impactos da mudança climática na Amazonia [ACESSO LIVRE ABERTO]. Phil. Trans. R. Soc. B, DOI: 10.1098/rstb.2007.0026


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