Notícias ambientais

Desflorestamento, o conflito na vida selvagem será a fonte de doenças emergentes

Desflorestamento, conflito na vida selvagem será a fonte de doenças emergentes

Desflorestamento, o conflito na vida selvagem será a fonte de doenças emergentes
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
19/03/2008





Devido a destruição do habitat e o conflito da vida selvagem com a vida humana, os trópicos provavelemnte serão os próximos pontos para o aparecimento de doenças infecciosas, relatam os pesquisadores quem desenvolveram o primeiro mapa de novas patogenias.



Os resultados — baseados na correlação de 335 doenças emergentes de 1940 a 2004 aos mapas mostrando a densidade populacional humana, mudanças populacionais, latitude, chuvas e a biodiversidade da vida selvagem — são publicadas no jornal Nature. Os autores mostraram que surtos de doenças tem quase quadruplicado nos últimos 50 anos, com 60 por cento de “doenças emergenciais” originadas em animais e indo parar nos humanos. A maioria dessas zoonoses vieram dos animais selvagens, sugerindo que a fragmentação aumentada e a destruição trará os humanos em contato com mais patogenias, especialmente nas regiões biodiversas como nos trópicos.



“Nós estamos lotando a vida selvagem em áreas cada vez mais pequenas, e a população humana está aumentando,” disse o co-autor Marc Levy do Centro para Rede de Informações de Ciencias Internacionais da Terra (CIESIN), uma filial do Instituto da Terra da Universidade de Columbia. “O encontro dessas duas coisas é uma receita para algo mais que está por vir.”



Patogenias zoonóticas transmitidas dos animais selvagens para as pessoas, da mais baixa ocorrência (verde) para a mais alta (vermelha). Crédito: Jones et. al., Nature

“Doenças emergentes são mais comuns em áreas ricas em vida selvagem, então proteger essas regiões do desenvolvimento pode ter acrescentado valor em prevenção a doenças futuras,” sdisse a co-autora Kate Jones, Pesquisadora Senior do Instituto de Zoologia. “Acontece que a conservação pode ser um meio importante de prevenção de novas doenças.”



Doenças emergenciais — incluindo o HIV-AIDS, SARS, e novas versões da gripe — causaram centenas de bilhões de danos a vida selvagem. Agora com meios mais resistentes a várias drogas de patogenias já conhecidas como a tuberculose, Stafilococus, e a multiplicação da E. coli devido ao emprego errado de antibioticos em países mais ricos, o risco à saude humana de doenças infecciosas está crescendo: meios resistentes ás drogas foram responsáveis por 20 por cento das emergências de doenças de 1940 a 2004.



Pontos de monitoração impedidos pela falta de fianciamento



Os pesquisadores dizem que apesar da importância dos trópicos como abrigo para novas doenças, os fundos adequados não tem sido alocados para a monitoração e pesquisas das patogenias emergentes na região.



Mapa global das riquezaa das origens geograficas dos eventos EID de 1940 a 2004. O mapa é derivado dos eventos EID causados por todo tipo de patogenias. Os círculos representam um grau de pilhas de células, e a area do círculo é proporcional ao número de eventos na célula. Crédito: Jones et. al., Nature

“Os recursos da saúde pública do mundo estão aplicadas nos locais errados,” disse o autor líder Peter Daszak, diretor executivo do Consórcio para Medicina de Conservação. “A maioria estão focados nos países ricos que podem bancar a fiscalização, mas a maioria dos pontos quentes estão nos países em desenvolvimento. Se você olhar para as doenças de alto impacto do futuro, nós estamos perdendo o foco.”



“Precisamos começar a encontrar patogenias antes que elas surjam,” ele continuou. “Nossa prioridade deveria ser estabelecer medidas de ‘fiscalização ágil’ nesses pontos quentes… se nís continuarmos a ignorar esta importante medida preventiva entao a população humana continuará sob risco de doenças pandêmicas.”



Exit mobile version