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Como o aquecimento global afetará a cadeia alimentar marinha?

Como o aquecimento global afetará a cadeia alimentar marinha?

Como o aquecimento global afetará a cadeia alimentar marinha?
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
19/03/2008





O aumento das temperaturas e acidez nos oceanos do mundo devido às emissões humanos de dióxido de carbono está colocando a cadeia alimentar marinha em risco advertiu um pesquisador à imprensa no encontro anual da Asssociação Americana para o Avanço da Ciência em Boston.



Gretchen Hofmann, professor associado de biologia na Universidade da California em Santa Barbara, disse que os pteropods, os organismos minúsculos que tem um papel crítico na ecologia marinha, são propensos a sofrer pelos altos níveis de dioxido de carbono no oceanos do mundo. Quando o dióxidp de carbono se dissolve na água do mar ele torna a água mais ácida roubando os íons de carbonato, que são essenciais para os organismo marinhos como pteropods para construirem conchas de cálcio e carbonato e exosqueletons.



“Esses animais não são carismáticos mas eles estão falando conosco tanto quanto os penguins ou ursos polares,” disse Hofmann. “São presságios da mudança. É’ possível que em 2050 eles já não sejam mais capazes de construir suas conchas. Se nós perdermos esses organismos, o impacto na cadeia alimentar será catastrófica.”

A perda desses pequenos organismos teria um impacto desastroso para os predadores — incluindo salmãos, cavala, arenque, bacalhau — que contam com eles como fonte de comida e poderia significar problemas para outras espécies.



O pteropod ou borboleta do mar é um dos organismos marinhos que poderiam sofrer em mares mais ácidos. Um experimento recente por Victoria Fabry na Universidade San Marcos do estado da Califórnia descobriu que as conchas de pteropods, quando submetidas à condições como projetadas pelos modelos do ano 2100, rapidamente se dissolviam. Foto cortesia da USGS.

Hofmann diz que enquanto os invertebrados podem se adaptar ao aumento da acidez, “re-adaptando” seus metabolimso para construir uma concha em águas mais ácidas traz um custo: “As mudanças fisiológicas que são uma resposta á acidez tornam os animais menos capazes de suportar águas mais mornar, e eles são menores,” explica um nova nota da imprensa da Universidade da California em Santa Barbara.



“Essas observações sugerem que a situação ‘dobra’ o perigo –– esquentando e acidificando os mares –– o que poderá ser um ambiente complexo para os futuros organismos marinhos,” ela disse.



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