A pesca predatória pode prejudicar as árvores da Floresta Amazônica
A pesca predatória pode prejuducar as árvores da Floresta Amazônica
mongabay.com
Traduzido por Marcela V.M. Mendes
19/03/2008
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A pesca predatória está reduzindo a eficiência da dispersão de sementes pelos peixes no Pantanal brasileiro, relata a Natureza. A pesquisa sugere que a prática de pesca pode afetar a saúde da floresta.
No Pantanal, uma área inundável gigante que limita a floresta úmida da Amazônia, muitas espécies de peixes se alimentam de frutas caÃdas durante a estação das cheias. Conforme as águas cedem e os peixes retornam para seus habitats de baixas águas, as sementes sao dispersadas sobre uma grande área.
Enquanto os cientistas tem por muito tempo sabido que existia a dispersão de sementes pelos peixes na Amazonia, a nova pesquisa examinou a importancia da dispersao de sementes pelo pacu (Piaractus mesopotamicus), um peixe comum de água doce, pela palmeira de tucum. O estudo liderado por Mauro Galetti da Universidade do estado de São Paulo no Brasil, descobriu que a palmeira de tucum conta quase que inteiramente com os serviços do pacu para a dispersão de sementes.
Visão por satélite de uma seção do Pantanal. Cortesia de imagem da DigitalGlobe |
“[É] incrÃvel que para algumas espécies de plantas, o pacu parece ser o principal agente para dispersão de sementes,” contou Galetti Natureza.
Peixes grandes parecem dispersar mais sementes que pequenos peixes.
As descobertas captam o significado ecológico porque a população de grandes pacas está em declÃnio no Pantanal devido à s polÃticas de pesca que protege o pacu abaixo de 40 centimetros, mas permite pescar os maiores.
“O gerenciamento da pesca como esse é provavelmente prejudicial à s florestas desde que grandes peixes comedores de frutas são os melhores agentes de dispersão de sementes,” contou Galetti Natureza. “Eu acho que as florestas Amazônicas e Africanas precisam ser extensivamente estudadas por ecossistemas como esse. A distriibuição das sementes pelos peixes é provavelmente muito mais comum do que pensamos.”
A pesquisa está publicada no jornal Biotropica.